Manifestação contra “cura gay” termina com “beijaço”
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 300 manifestantes saíram da Praça do Ciclista e foram à sede do PSC, partido do deputado Marco Feliciano
Um grupo de aproximadamente 300 pessoas, segundo a PM, participou nesta quarta (26) de uma manifestação denominada 26-J: grande ato em São Paulo para derrubar Feliciano, que começou na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, às 17h.
Após percorrerem parte da Avenida Paulista, o ato bloqueou duas faixas da via na pista sentido centro e uma no sentido bairro da Brigadeiro Luis Antônio. Em seguida, após picharem uma parede com a mensagem “Fora Feliciano” e pendurarem cartazes dos portões da sede do PSC, na Rua Antônio Bento, no Jardim Paulista, por volta das 21h50, os manifestantes promoveram um grande “beijaço”, marcando o encerramento do ato.
Uma outra passeata organizada por profissionais da saúde contra o plano do governo federal de incentivar a vinda de médicos estrangeiros, que chegou a fechar um dos sentidos da Rua da Consolação, no sentido centro, foi encerrada, pois os manifestantes se uniram ao grupo que marcha contra o deputado Marco Feliciano.
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Segundo informações da CET, às 20h, a cidade registrava 9 quilômetros de lentidão nas ruas da cidade, considerado normal para o horário, e 35 semáforos sem funcionamento. Duas árvores que haviam caído – uma na Rua Funchal e outra na Avenida Nove de Julho – foram removidas. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), dos dois pontos de alagamento, apenas um era intransitável, na rua Jacurici, em Pinheiros.
‘Não existe cura gay’
Mais cedo, o pastor, deputado e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano, divulgou um vídeo na internet para afirmar que “não existe cura gay, porque homossexualidade não é doença”.
O polêmico projeto de lei, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) e aprovado pela Comissão presidida por Feliciano, permite que psicólogos promovam tratamento para a homossexualidade. “Não podemos tolher o direito de um profissional, como um psicólogo, de estudar um assunto que ainda não se colocou nele um ponto final, ainda é uma incógnita, ainda é um fenômeno”, explicou Feliciano.
No vídeo de 17 minutos, Feliciano diz que foi vítima de “desonestidade intelectual” da imprensa, defende os protestos nas ruas e dá “parabéns a todas as pessoas que lutam por seus direitos”. O projeto passará ainda por duas comissões da Câmara antes de ir a plenário. Assista ao vídeo (que já foi clicado por 1 milhão de pessoas).