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OLÁ,

Pelo menos dez pessoas ficam feridas em protesto na capital

Confronto começou em frente à Câmara de Vereadores. Polícia usou gás lacrimogêneo e balas de borracha e manifestantes quebraram agências bancárias

Por Marcus Oliveira e Marcelo Cobra
Atualizado em 5 dez 2016, 15h40 - Publicado em 7 set 2013, 16h16
protesto 7 setembro 5
protesto 7 setembro 5 (Marcelo Cobra/)
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Pelo menos dez pessoas ficaram feridas durante protestos que marcaram o Dia da Independência na capital, neste sábado (7). Um grupo de manifestantes, composto por muitos integrantes dos Black Blocs, entrou em confronto com a Polícia Militar em frente à Câmara de Vereadores, por volta das 17 horas.

Eles atiraram pedras e quebraram vidros da fachada do edifício. A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Alguns manifestantes chegaram a fazer barricadas de lixo para impedir o avanço dos policiais e se dispersaram pela região da Sé, quebrando agências bancárias pelo caminho.

+ Cerca de 40 manifestantes são detidos nos protestos

Três dos feridos foram atropelados num segundo confronto, na região da Praça da Sé (centro). Um veículo que tentava escapar da manifestação atropelou duas pessoas, entre elas Daniel Mola, de 30 anos, que teve a perna quebrada. Segundo o autônomo Willian Faria, de 21 anos, que também ficou ferido, as pessoas tentavam parar uma viatura da polícia para prestar socorro a Mola. Depois de três carros passarem direto, um parou e foi depredado por manifestantes. Ao arrancar, a viatura atropelou outro manifestante, que ficou ferido. Todos foram socorridos e não correm risco de morte.

Outro jovem levou um tiro de bala de borracha no rosto durante o conflito na frente da Câmara e foi socorrido pelos próprios policiais. Uma base da Guarda Civil Metropolitana foi apedrejada e quatro guardas também ficaram feridos.

Houve feridos também na Avenida Paulista, onde um protesto que iniciou pacífico terminou em confusão. Segundo a GloboNews, um policial atirou com uma arma de fogo para o chão após ser cercado por manifestantes, que depredaram sua moto. Os estilhaços das balas teriam atingido um fotógrafo, que foi hospitalizado, sem ferimentos graves.

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Paulista

No final da tarde, outro grupo de manifestantes voltou a fechar os dois sentidos da Avenida Paulista. Vestidos com as cores verde e amarelo, eles impediram a circulação de carros e levavam bandeiras e cartazes contra a corrupção, pela prisão dos condenados pelo Mensalão e a eleição do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, para presidente.

Pelo menos 11 pessoas foram detidas e levadas para o 1º Distrito Policial, segundo a Polícia Militar. O balanço do número total de detidos não havia sido divulgado até às 20h45 deste sábado.

Protestos

Os protestos começaram por volta das 14 horas, na Avenida Paulista. Cerca de 2 300 manifestantes, incluindo integrantes do grupo Black Bloc e familiares de vítimas da violência em São Paulo, fecharam os dois sentidos da Paulista, da Avenida 23 de Maio e da Rua da Consolação. Partindo do vão do Masp, os atos pediam o fim da violência, da corrupção e a renúncia do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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O grupo se dividiu em duas passeatas. Liderado pelos mascarados, um deles seguiu sentido Paraíso, passou pela Avenida 23 de Maio e seguiu em direção da região central. Duas agências bancárias foram quebradas no percurso.Um grupo de 250 policiais militares fizeram a segurança. Agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) desviaram o trânsito na região.

As famílias de vítimas mortas violentamente seguiram no sentido oposto, pela Rua da Consolação até a República, onde dispersaram por volta das 17 horas. Os pais de Victor Hugo Deppman, 19 anos, assassinado durante um assalto na porta de casa, no Belém, em abril deste ano, estavam presentes. Marisa Rita Riello Deppman e José Valdir Deppman disseram que o país precisa de leis mais rígidas para crimes, como o que matou o rapaz. “Estivemos em Brasília para entregar um projeto de lei que regulariza isso.”

Adriana Cuba Gerônimo, 44 anos, prima de Diego Ribeiro Cassas, morto em uma lanchonete em Pinheiros há três meses, disse que o maior problema da impunidade é que a polícia prende, mas a justiça solta. “A sensação é que nada vai mudar, mesmo com os assassinos presos. É preciso alterações na lei brasileira.”

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Metrô

Um cartaz na estação República do Metrô, da linha amarela, informa aos usuários que é probido embarcar usando capacete ou qualquer tipo de cobertura que esconda o rosto.

Mais cedo, o ato Grito dos Excluídos, organizado por centrais sindicais, percorreu a Avenida Paulista em direção ao Parque do Ibirapuera. Não foram registrados incidentes.  

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