Produtor de mudas e plantas, o viveiro Manequinho Lopes, no Parque do Ibirapuera, foi motivo de polêmica nas redes sociais nesta semana. Um post com mais de 10700 compartilhamentos afirma que a área verde poderia ser desmanchada para construir um restaurante fast-food.
De acordo com a publicação, a obra seria resultado do processo de desestatização pelo qual o Ibirapuera, ao lado de outros cinco parques da cidade, passará nos próximos meses. Com a divulgação da história, mais de 33 000 pessoas assinaram uma petição on-line contra a possibilidade de destruição do Manequinho.
De acordo com a Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias, mesmo com a concessão do Ibirapuera – que deve ocorrer após o lançamento da licitação, em abril -, não há risco de destruição do viveiro. Tombado por órgãos de patrimônio, seguirá abrigando as mudas mesmo depois de concedido.
No entanto, isso não impede que eventuais empresas tentem instalar serviços de alimentação e banheiros no pedaço. A mudança só será realizada caso os órgãos aprovem o projeto que, entre outras exigências, não poderá descaracterizar o Manequinho.
Detalhes da concessão dos parques municipais à iniciativa privada está em consulta pública no site da prefeitura. Veja o post que causou polêmica:
Confira a nota da prefeitura:
A Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias informa que o edital para a concessão do Ibirapuera e outros cinco parques está em fase de consulta pública, ou seja, ainda poderá sofrer modificações até que seja lançado para licitação (abril). Portanto, toda e qualquer sugestão neste momento é bem vinda.
A respeito da informação sobre a derrubada do viveiro Manequinho Lopes ou instalação de restaurantes, informamos que não é verdadeira, mesmo porque trata-se de um bem tombado pelos órgãos de patrimônio. A preservação e restauro das estufas históricas do Viveiro Manequinho Lopes será uma obrigação do futuro concessionário. A ideia é que a produção de mudas permaneça no local, porém a capacidade atual de produção do Viveiro é limitada, e a Secretaria do Verde e Meio Ambiente estuda a possibilidade de levar o serviço também para outros parques da cidade.
O objetivo é que o Viveiro seja restaurado e aberto ao público, por isso está prevista a instalação de novas áreas para serviço de atendimento ao usuário, como sanitários e serviço de alimentação. Vale ressaltar que qualquer intervenção terá que ser feita com as devidas anuências dos órgãos de preservação, patrimônio e da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.