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OLÁ,

Mais de um século de misericórdia

Aos 130 anos, a Santa Casa busca recursos para saldar dívidas e não fechar as portas

Por Mauricio Xavier [com reportagem de Ricardo Rossetto]
Atualizado em 5 dez 2016, 14h10 - Publicado em 22 ago 2014, 23h00
Ed. 2388 - Santa Casa - 130 anos - Consultório
Ed. 2388 - Santa Casa - 130 anos - Consultório (Acervo do Museu da Santa Casa de São Paulo/Pesquisa de Maria Nazarete de Barros Andrade/)
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Inaugurada em 31 de agosto de 1884 em um terreno de 50 000 metros quadrados na Vila Buarque, a Santa Casa de Misericórdia estabeleceu um novo padrão de saúde pública ao controlar a proliferação de doenças e epidemias na capital. Projetado pelo arquiteto italiano Luigi Pucci, o prédio de estilo neogótico já funcionou como asilo, albergue e creche.

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Até 1950, 4 696 crianças foram criadas por amas de leite após ser abandonadas na famigerada roda dos expostos — cilindro no muro da Rua Dona Veridiana, no qual pais deixavam filhos indesejados. Ali também surgiram duas faculdades de medicina — uma em 1912, depois anexada à USP, e a outra em 1963, da própria instituição.

 

Prestes a completar 130 anos, com 18 000 funcionários, 39 unidades — onde são realizados 6 milhões de exames e recebidos 3,5 milhões de pacientes anualmente —, e proprietária de 250 imóveis, a Santa Casa tenta administrar uma dívida de 350 milhões de reais, o que a obrigou a fechar o pronto-socorro em julho.

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