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Luisa Marilac publica foto com o rosto cheio de “hematomas”

Após assustar amigos e seguidores, dona do bordão “bons drinque” divulgou vídeo para explicar o caso

Por Ana Luiza Cardoso
Atualizado em 1 jun 2017, 16h47 - Publicado em 23 jun 2015, 13h40
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  • Luisa Marilac se transformou novamente em assunto nas redes sociais nessa segunda (22). Desta vez, a transexual não chamou a atenção com um novo bordão. A webcelebridade deixou seus amigos e admiradores chocados ao publicar uma foto em que aparece com o rosto com alguns hematomas. Rapidamente, internautas preocupados começaram a tentar descobrir quando e onde ela teria sido agredida. Horas depois, a surpresa: Luisa revelou em um vídeo que os machucados não passavam de maquiagem. A iniciativa não foi uma brincadeira, mas um protesto contra a violência sofrida por travestis.

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    No início do vídeo, Luisa aparece interpretando uma vítima. Na sequência, já sem os ferimentos falsos, ela diz: “Assustei você”. Na sequência, ela fala por pouco mais de seis minutos sobre a violência contra homossexuais e transexuais. “Você se assustou quando viu a minha cara deformada? Você teria a mesma reação se você visse outra travesti assim.” 

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    Segundo Luísa, a ideia de fazer o vídeo surgiu assim que recebeu a informação de mais um caso de agressão. “Estão matando a gente feito bicho”. Ela lembra que, aos 16 anos, levou sete facadas em um bar em Guarulhos. Na época, ela já tinha iniciado o processo de transformação tomando hormônios. “Tenho marcas das facas pelo corpo e cicatrizes na alma”.

    Luisa disse que, após a violência, ficou em casa por seis meses com medo até decidir se mudar para a Europa, aos 18 anos, onde se prostituiu. Foi nessa época que ela filmou em uma casa na Espanha o vídeo com 59 segundos que a transformou em webcelebridade. Nas imagens, ela aparece em uma piscina e fala os famosos bordões que se transformaram em mania nacional: “Esse verão eu decidi fazer algo de diferente…”, “Tomando meus bons drink” e “Se isso é estar na pior, que quer dizer tá bem?”.

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    luisamarilac
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    Morando atualmente em Guarulhos, Luisa diz que abandonou a prostituição há quase dois anos. Chegou a trabalhar como camareira em um hotel em São Paulo, mas hoje está desempregada. Em casa, ela escreve um livro de memórias. Quer falar sobre a falta de identificação com o corpo de homem, abordando ainda os preconceitos que sofreu.

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    “Pretendo ajudar as pessoas, os jovens que estão perdidos. Mas, infelizmente, travesti só vende quando se faz de palhaço, quando faz as pessoas rirem”, disse Luisa, que enfrenta dificuldade para encontrar uma editora interessada no projeto. “Poucas pessoas querem associar o nome de uma marca a travestis.”

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