O empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamento Havan, foi condenado a pagar 8 000 reais ao padre Júlio Lancelotti em indenização por danos morais devido a ofensas feitas em um grupo de WhatsApp. A decisão é da juíza Eliana Adorno de Toledo Tavares, da 1ª Vara do Juizado Cível Especial de São Paulo, proferida nesta terça-feira (23).
+ Capital tem 21 000 famílias recebendo auxílio aluguel
Em maio último, o portal Metrópoles publicou mensagens enviadas por Hang a um grupo de empresários. Ao comentar uma reportagem sobre o trabalho do padre na Pastoral do Povo da Rua de São Paulo, que ajuda pessoas em situação de vulnerabilidade, o empresário afirmou que “quem defende bandido, bandido é”, e que a Igreja era “cúmplice das mazelas do PT”.
O padre então acionou a Justiça, que interpretou como abuso as expressões do dono da Havan, e por isso determinou a indenização. Em sua sentença, a juíza escreveu ser “ilícita a manifestação do réu” e que a afirmação “quem defende bandido, bandido é”, denota “claro abuso ao exercício da liberdade de expressão, atingindo a honra do autor”. Cabe recurso da decisão ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Procurada, a advogada Regiane Moresco, que defende Hang, afirmou que não foi intimada da sentença e que só depois disso fará considerações.