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Guardiões dos bichos: Liliane Milanelo

Veterinária cuida da saúde dos habitantes do Parque Ecológico do Tietê

Por Carolina Giovanelli
Atualizado em 5 dez 2016, 17h11 - Publicado em 5 Maio 2012, 00h50
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  • O Parque Ecológico do Tietê, localizado na Zona Leste, é uma das maiores áreas verdes da cidade, com 14 milhões de metros quadrados (algo como nove parques do Ibirapuera). Em vez de cachorros em coleiras, o que mais tem por ali são centenas de simpáticos quatis e espertos macacos-prego. Uma parte considerável dos milhares de bichos de 217 espécies que lá vivem passou pelas mãos da veterinária Liliane Milanelo, de 39 anos, funcionária há dezesseis anos e atual coordenadora do Centro de Recepção de Animais Silvestres do parque (www.ecotiete.org.br), mantido pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).

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    Sempre antenada, ela vive de olho no estado de seus pacientes. “Não há o que me dê mais alegria do que recuperar uma criatura e devolvê-la saudável à natureza”, afirma. Além de zelar pela saúde dos habitantes da área, o serviço atende emergências vindas das mais diversas partes da metrópole. A polícia, o Ibama e particulares levam pássaros, macacos, cobras, tartarugas e outras espécies para ser tratados e depois reabilitados para voltar à mata.

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    São comuns casos de tucanos com bico cortado, araras mutiladas e ouriços queimados, muitos deles encaminhados por pessoas que os compraram no mercado negro de pets. “Mesmo depois de tanto tempo, ainda me aborreço com essas barbaridades”, lamenta Liliane. De janeiro até agora, o centro registrou 3.000 ocorrências. Apesar dos esforços da equipe, 25% dos animais chegam em estado tão precário que não sobrevivem, mesmo depois de cuidados pelos veterinários. Instalada no Parque do Ibirapuera, a Divisão de Fauna faz um trabalho parecido e atende cerca de 250 bichos silvestres por mês.

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