Item essencial na lista de material escolar infantil, o lápis de cor deixou de ser coisa de criança nos últimos meses. Com a explosão dos livros de colorir para adultos, o objeto se transformou em item de primeira necessidade para aqueles que adoram pintar florestas, mandalas e animais. As caixas simples, aquareláveis e apagáveis sumiram das estantes das livrarias e papelarias de São Paulo. Com isso, fabricantes, importadores e comerciantes buscam alternativas para atender a demanda.
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Com a venda do produto 38 vezes maior em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, a Livraria Cultura, por exemplo, ampliou o leque de opções em suas prateleiras. Além da Faber-Castell, as lojas do Conjunto Nacional e do Shopping Bourbon oferecem agora os lápis das marcas Maped, Stabilo, Crayola e Staedtler. Já na Fnac, os lápis de cor começaram a desparecer das prateleiras em março. Apesar das constantes reposições, não é sempre que o produto está disponível.
O crescimento nas vendas não fez o produto sumir somente das lojas. Os próprios distribuidores encontram dificuldade para satisfazer os lojistas. “Os pedidos não param de chegar e não temos mais estoque”, admite Chrystine Priccoli, gerente comercial da Abrakidabra, importadora dos lápis americanos Crayola. Entre fevereiro e abril, a empresa comercializou 20 000 unidades, somando a venda dos estojos de 24 e 36 cores e da versão com doze unidades dos lápis apagáveis. Nos anos anteriores, essa quantidade não ultrapassava 3 000 no período.
Para aproveitar o bom momento, a importadora encomendou mais 30 000 caixas que devem chegar ao Brasil até o final de maio. Entretanto, praticamente todas já estão vendidas. Como alternativa, a empresa usa as redes sociais para dar dicas aos leitores-pintores, ensinando como usar canetas hidrográficas e aquarelas para colorir os livros. “O papel não borra. Há uma infinidade de possibilidades. Não é só com lápis de cor que é possível se distrair.”
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Importadora da marca Staedtler, a Summit aumentou cinco vezes a venda de materiais de colorir para São Paulo. De acordo com o diretor comercial da empresa, Guilherme Catta-Preta, os estoques esgotaram e novas quantidades já foram compradas da Alemanha para reabastecer o comércio. Como alternativa, a marca passou também a ganhar com a venda de canetas superfinas Triplus, cujos estojos com até dez cores podem custar de 59 reais a 89 reais.
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Líder do segmento, a Faber-Castell registrou, em abril de 2015, um volume de vendas cinco vezes maior do que no mesmo mês do ano passado. A fábrica de São Carlos passou a operar em três turnos para aumentar a produção dos Ecolápis em estojos com 36 e 48 cores. De acordo com empresa, também cresceu o interesse dos consumidores pelas linhas profissionais, importadas da Alemanha e bem mais caras que os lápis escolares e aquareláveis. Um estojo da Linha Art&Graphic com 60 cores, por exemplo, custa 472,50 reais.