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OLÁ,

Ladrão furta ONG e deixa bilhete reclamando de abandono

Bilhete revoltou o presidente da organização que usou as redes sociais para mandar um recado ao ladrão. Caso aconteceu em Itapeva, interior do estado

Por Estadão Conteúdo
16 out 2017, 21h08
 (Paulo Saponga/Arquivo Pessoal/Divulgação)
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Depois de furtar o único computador da entidade, um ladrão deixou um bilhete reclamando do abandono do Instituto de Educação Ambiental Planeta Terra, em Itapeva, interior de São Paulo. 

Num texto com erros de escrita, ele critica também a cidade. “Este foi mais um jeito de roubar o povo itapevense. Num local imenso, grande dinheiro investido pra depois ficar assim: largado. Que droga de cidade!”, desabafa o ladrão. O instituto é mantido pela ONG Planeta Terra, em parceria com a prefeitura.

O furto foi descoberto no sábado (14), quando um funcionário foi alimentar os jabutis e outros animais que vivem no parque e encontrou a porta arrombada. 

O bilhete revoltou o presidente da ONG, Paulo Roberto Saponga, que usou a rede social para mandar um recado ao ladrão. “Neste sábado, a Sala Verde foi roubada por um vagabundo que, ainda por cima, teve a petulância de deixar um bilhete dando lição de moral. Primeiro, senhor vagabundo, o local não está abandonado, está fechado nos feriados e finais de semana por falta de funcionários. Isso não lhe dá o direito de pular alambrado, arrombar a porta do quiosque e roubar o único bem de valor do instituto.”

O ambientalista lembrou que o Planeta Terra trabalha com educação ambiental, atendendo crianças em idade escolar de Itapeva e cidades vizinhas sem cobrar nada. Realiza ainda campanhas de conscientização sobre posse responsável de animais e projetos ambientais. 

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“Estávamos com vários projetos prontos no computador, um deles para a recuperação da bacia do Ribeirão Pilão D´Água, importante para a cidade. Perdemos recentemente dois funcionários que nos ajudavam nos fins de semana, mas isso está sendo revisto pela prefeitura.”

Em tom de revolta, ele pede ao ladrão: “Cria vergonha na cara, malandro, e vai trabalhar ao invés de ficar roubando. Esse é um local que ao menos ensina as crianças e jovens para que não sejam iguais a você.” Ele lembra que o equipamento foi uma doação da Câmara e volta a se referir ao bilhete: “Ainda por cima, dando lição de moral. Esse é o nosso Brasil e seus brasileiros.”

A funcionária da prefeitura que atua no instituto, Célia Pontes Pedroso, disse que os dois servidores que atuavam nos fins de semana foram retirados como medida de economia, mas devem ser repostos. “Estamos trabalhando numa nova parceria entre o instituto e o município que nos dará condições de ampliar as atividades.”

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