Após quatro anos, a Justiça marcou a data do julgamento de Elize Matsunaga, ré confessa do assassinato do marido, Marcos Matsunaga. Será em 28 de novembro, às 9h30, no Fórum da Barra Funda. Em 2012, o executivo do grupo Yoki levou um tiro na cabeça e foi esquartejado pela mulher, que alegou legítima defesa. “Ainda não fui notificado oficialmente”, diz o advogado de defesa Luciano Santoro.
Ela será levada a um júri popular composto por sete pessoas que irão julgá-la pelos crimes de homicídio, com motivo torpe e meio cruel, impossibilitando à defesa da vítima, e destruição e ocultação do cadáver. Sua defesa poderá levar até dez testemunhas.
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Para conseguir uma pena mais branda, os advogados tentaram entrar com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para retirar do processo dois dos três qualificadores do crime: meio cruel (no qual a vítima sofre desnecessariamente) e impossibilidade de sua defesa – o terceiro ponto é o motivo torpe, ou seja, fútil.
Em fevereiro, o STJ negou esse recurso de defesa. O ministro Jorge Mussi decidiu que quem deve analisar se houve esses agravantes é o júri popular e que ela deveria continuar presa provisoriamente.
A defesa também já havia entrado anteriormente com o mesmo recurso no Supremo Tribunal Federal e também com pedido de habeas corpus para que Elize responda ao crime em liberdade, mas as solicitações também foram indeferidas pelo órgão em dezembro de 2015. Elize Matsunaga está presa desde 2012 na Penitenciária Feminina de Tremembé, onde só recebe a visita de uma tia.