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OLÁ,

Jovem tem perna amputada após pegar bactéria em hospital no litoral de SP

Alexandre Rodrigues, de 23 anos, luta para pagar a prótese que usa e processou a unidade de saúde

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 mar 2022, 14h20
Imagem de um garoto sentado em uma cama. Ele olha para uma prótese no lugar da perna direita
 (Arquivo Pessoal/Reprodução)
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Alexandre Rodrigues, 23, teve diversas fraturas após se acidentar de moto na Via Expressa Sul, em Praia Grande, no litoral paulista, no dia 29 de maio de 2020. Ele ficou três meses internado no Hospital Municipal Irmã Dulce e passou por mais de 12 cirurgias. Durante o tempo hospitalizado, contraiu uma bactéria e precisou amputar a perna direita.

No acidente, o jovem fraturou o fêmur, a tíbia e a fíbula. “Fui socorrido e encaminhado para o hospital. De imediato, fiz uma ponte de safena, porque o pé já não estava mais recebendo sangue. Depois, ainda coloquei uma haste no fêmur e um fixador externo na tíbia e fíbula”, relata ao g1.

Alexandre conta que depois de um mês internado, apareceram manchas escuras em sua perna. “Essa ferida começou a corroer minha perna, e fomos fazendo exames. Descobrimos que eu tinha pego uma bactéria. Fui tendo que fazer raspagens. Tentaram de todas as formas, só que ela acabou se alojando no meu osso, foi aí que eles indicaram a amputação”, conta.

Jovem tem perna amputada após pegar bactéria em hospital no litoral de SP

Agora, Alexandre luta para pagar a prótese que está usando e entrou com um processo contra o hospital.

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“Teve negligência, já que os enfermeiros iam fazer curativos sem luva, levavam bandejas de outros pacientes para fazer um novo curativo, sabendo que eu já estava com a bactéria severa. Os antibióticos acabavam tendo atraso, fazendo com que quebrasse o ciclo, que era justamente para matar a bactéria. Isso tudo acabou agravando mais minha situação”, complementa.

Antes de amputar a perna, Alexandre tentou outro tratamento por seis meses no Hospital do Guarujá, mas não conseguiu reverter a situação.  “Até conseguir assimilar tudo, foi bem complicado. Hoje em dia, vem caminhando tudo bem, estou voltando à minha rotina, fazendo exercícios, voltei a trabalhar, e estou me adaptando à prótese. Estou bem para cuidar da minha filha e esposa, que é o mais importante. Mas, ainda preciso conseguir pagar a minha prótese”, conta.

A direção do Hospital Municipal Irmã Dulce divulgou, em nota, que o o paciente recebeu toda a assistência disponível na unidade e que não pode dar detalhes sobre o caso, já que foi judicializado.

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