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OLÁ,

Joe Cocker demora, mas retorna a SP com grandes sucessos

Cantor americano se apresentou nesta quinta (29), após ficar quase 35 anos afastado dos palcos paulistanos

Por Catarina Cicarelli
Atualizado em 5 dez 2016, 17h17 - Publicado em 30 mar 2012, 13h10

Inteiro de preto, Joe Cocker subiu ao palco do Via Funchal nesta quinta (29) pontualmente às 22h. A partir daí, o público que encheu a casa foi bombardeado durante uma hora e meia pelos maiores sucessos do cantor, que há quase 35 anos não aparecia na cidade. No Brasil, sua última vinda foi em 1991, para a segunda edição do Rock in Rio.


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A apresentação começou com “Hitchcock Railway”, do álbum que leva o nome do cantor, lançado em 1969. Após a primeira canção, ele se livrou do blazer e ao longo do show chegou até a arregaçar as mangas.

Uma atrás da outra, Cocker foi emendando as canções, com pausa apenas para um gole de água. Não houve tempo nem para conversar com o público — o que não atrapalhou a animação do pessoal, que em sua maioria já tinha passado dos 50 anos.

De seu disco mais recente, “Hard Knocks”, lançado em 2010, só duas músicas entraram no repertório — a faixa-título e “Unforgiven”. Ele também cantou “You Can Leave Your Hat On” e a comovente balada “You Are So Beautiful”. De resto, foram só os clássicos, para a alegria geral. E sempre que o cantor atingia notas mais potentes, o público fazia questão de gritar.

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Também não faltaram versões para músicas de outros artistas, em especial dos Beatles, que eram fãs declarados do cantor e autorizaram que ele regravasse, por exemplo, “With a Little Help From My Friends” — que chega ser melhor que a original. Cocker ainda emprestou do quarteto de Liverpool “Come Together” e “She Came in Through the Bathroom Window”. De Ray Charles, ele cantou “Unchain My Heart”. E o Brasil foi lembrado quando o saxofonista, durante um solo, tocou um trecho de “O que Será”, de Chico Buarque.

Envolvido pelas canções, Cocker acompanhava com os dedos os movimentos do teclado e, ao final de cada música, dava pulinhos ao ritmo das batidas da bateria — sua marca registrada. Ao final do segundo “bis”, que acabou com o cover de “Long as I Can See the Light”, do Creedence, ele soltou um “Obrigado!”, agradeceu brevemente a plateia e prometeu voltar logo.

A turnê de Cocker ainda passa por Belo Horizonte neste sábado (31), no Chevrolet Hall, e pelo Rio de Janeiro neste domingo (1º), no HSBC Brasil. 

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