Se somados todos os professores, funcionários e alunos da Universidade de São Paulo, chega-se ao incrível número de 110.000 pessoas — população equivalente à de um município médio do interior paulista. A diferença é que, em vez de um prefeito, quem está à frente de toda essa gente é um reitor: João Grandino Rodas, que neste ano precisou de pulso firme para lidar com os reveses de sua Cidade Universitária.
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Em novembro, uma minoria radical de estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) revoltou-se contra tudo e todos, invadiu a reitoria e exigiu, entre outros absurdos, a liberação do uso de maconha dentro do câmpus, o fim do vestibular e a saída da Polícia Militar da universidade — ignorando, claro, a queda dos índices criminais desde que a PM passou a circular lá dentro.
Restou a Rodas pôr ordem e um ponto final na rebeldia juvenil de alunos mimados, recorrendo à Justiça para a reintegração de posse. “Mas não é papel do reitor manter a ordem na universidade”, afirma. “Em uma comunidade de alunos, funcionários e docentes que se orgulham das excelências que alcançam e que pretendem alcançar, o mínimo que se espera é bom-senso, espírito público e gratidão para com a sociedade.”