Jardim Pantanal, em SP, enfrenta terceiro dia de ruas alagadas por causa das chuvas
Vice de Ricardo Nunes, coronel Mello Araújo, foi recebido com protesto de moradores nesta segunda-feira (3)

Pelo terceiro dia consecutivo, o Jardim Pantanal, na zona leste de São Paulo, está com ruas embaixo d’água nesta segunda-feira (3) por conta das chuvas que atingiram a cidade nos últimos dias.
Moradores perderam móveis e eletrodomésticos, além de terem a saúde ameaçada pela água possivelmente contaminada. O bairro, assim como o Jardim Helena, fica ao lado do rio Tietê, em uma área de várzea. Não há previsão de volta a normalidade na região.
Revoltados, a população local recebeu o vice-prefeito, coronel Mello Araújo, com um protesto nesta segunda. Ao jornal “SPTV”, da Globo, o representante executivo disse que ele e o prefeito Ricardo Nunes sobrevoaram a região no sábado (1) e observaram que fazer um piscinão na área não iria resolver o problema. Os alagamentos na região são recorrentes há mais de dez anos.
“Vamos nos reunir com o governo do Estado para procurar uma alternativa”, afirmou Araújo, que informou que a prefeitura atendeu 5.800 pessoas do bairro foram atendidas e seis pontos para abrigar as famílias da área foram disponibilizados.
Agentes da GCM (Guarda Civil Municipal) e homens do Corpo de Bombeiros estão no bairro para fazer resgates e auxiliar as famílias que permanecem na região.
No sábado, Nunes esteve no bairro para acompanhar a situação. A prefeitura informou que choveu em janeiro 10,4% a mais do que o esperado para o mês. Somente no Jardim Pantanal, na Zona Leste, foram 92 mm.
“O solo ficou encharcado. Evidentemente, com o solo encharcado, a água não penetra. A água que vem, ela vai ficando sobre a superfície”, disse o prefeito no sábado sobre o bairro.
Nunes falou sobre as caraterísticas do Jardim Pantanal afirmando ser uma das mais complexas da cidade por estar abaixo do nível do rio Tietê.
“E quando chove a água, não adianta, né? Ela vai pro local mais baixo. Por esse motivo, a prefeitura vem debatendo várias soluções possíveis. Mas o importante agora é estar aqui para atender as famílias. E, depois de dar esse atendimento emergencial, voltar a sentar com a comunidade, para a gente dialogar, aumentar a fiscalização contra descarte irregular”, declarou Nunes.