Imagens de câmeras de segurança de bares da esquina das ruas Fidalga e Aspicuelta, na Vila Madalena, mostram o momento em que o motorista Sulivan Cândido de Oliveira avança e dá ré no meio de foliões que brincavam num bloco de carnaval na noite de domingo (23), atropelando dez pessoas.
As imagens foram cedidas à investigação pelo empresário Flavio Pires, dono de seis bares na região – entre eles o Quitandinha, o Seu Domingos e o Dona Nina, ao qual pertencem as câmeras que registraram o atropelamento. Testemunha do incidente, o empresário criticou a prefeitura e a CET por não ter interditado as ruas durante a passagem dos blocos de carnaval.
“É um absurdo que a CET não tenha interditado as ruas. Como a prefeitura permite a realização de um Carnaval sem oferecer estrutura? Era carro e gente misturado, não poderia dar certo. Claro que aconteceria um acidente”, critica. Questionada, a CET não se pronunciou sobre essa queixa, muito comum entre os presentes do local, onde a convivência de automóveis e foliões era bastante tensa.
‘Nâo vou falar a favor dele’, diz mãe
A mãe de Sulivan Cândido de Oliveira, disse que não conseguiu dormir depois de saber do acidente. Abalada, a dona de casa Neusa Lúcia de Oliveira evitou defender o filho, mas diz ter ficado preocupada com a tentativa de linchamento – depois do acidente, Sulivan e a namorada, Luana, foram agredidos com golpes na cabeça e tiveram o carro totalmente destruído. Luana admitiu que os dois haviam bebido antes do ocorrido.
Oliveira foi indiciado por lesão corporal e embriaguez ao volante no 91º Distrito Policial e transferido para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros. A Pajero que dirigia, bastante danificada, está estacionada no local.