Uma das promessas do governo de São Paulo para tentar equilibrar o orçamento estadual após os protestos de junho era vender o helicóptero usado por Geraldo Alckmin, por 2,5 milhões de reais. Além do dinheiro da venda que entraria imediatamente no caixa, a transação também representaria uma economia de 4,5 milhões de reais por ano, gastos estimados com as despesas operacionais da aeronave. Com quase um ano de atraso e depois de várias tentativas frustradas, o helicóptero foi finalmente comercializado esta semana. O comprador: a Assembleia de Deus de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
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A igreja, liderada pelo pastor Marcos Roberto Dias, foi a única interessada na licitação e desembolsou 1,9 milhão de reais na compra – 600 mil reais mais barato que o preço inicialmente pretendido. O “desconto” aconteceu porque o governo lançou outros três pregões fracassados para tentar desencalhar a aeronave. Como não apareceu comprador, foi obrigado a baixar o preço.
O Sikorsky S-76 tem 31 anos de uso e 8 200 horas de voo. Alckmin não vai deixar de voar – agora, em vez de helicóptero próprio, utilizará um Águia da Polícia Militar, que já estava à disposição do governador.
Em nota, o pastor Marcos Roberto Dias disse que a aeronave será usada pela Assembleia de Deus “para os fins de locomoção dos membros de sua diretoria e outros sempre no exercício do sacerdócio pastoral pelo grande estado de São Paulo, visando a evangelização tanto por sua parte, bem como de suas igrejas parceiras associadas”.