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Hospital de Câncer de Barretos passará por auditoria independente

Na última semana, diretor-geral Henrique Prata anunciou que unidade de Fernandópolis seria fechada em 30 dias; secretário da Saúde rebate acusações

Por Ana Luiza Cardoso
Atualizado em 1 jun 2017, 16h08 - Publicado em 8 jun 2016, 19h11
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  • Após o anúncio do fechamento da unidade de Fernandópolis do Hospital de Câncer de Barretos pelo diretor-geral, Henrique Prata, na última quarta-feira (1º), a Secretaria da Saúde de São Paulo resolveu abrir uma auditoria independente para apurar a aplicação de dinheiro na fundação que administra o local.

    “A partir do momento em que se anuncia o fechamento de uma unidade que serve à população, eu quero entender os motivos”, disse o secretário de Saúde, David Uip, a VEJA SÃO PAULO. “Se a gente perceber que é necessário ajudar mais, nós vamos ajudar mais”, complementa.

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    Segundo o secretário, a Fundação Pio XII vai receber a auditoria da secretaria na próxima semana. “E hoje eu determinei a abertura de um certame para licitar uma auditoria independente”, disse Uip. Procurado, Prata afirmou que aprova a ideia. “Acho bom demais, e que venha o quanto antes.” 

    david uip secretário da saúde
    david uip secretário da saúde ()
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    Na última semana, ele anunciou que o Instituto de Prevenção de Fernandópolis seria fechado em 30 dias, no dia 30 de junho, devido à dificuldade financeira e à falta de credenciamento do Hospital de Câncer de Barretos de Jales e Fernandópolis para obter recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).

    Inaugurado em 2013, a unidade realiza exames preventivos de mama, próstata, pele e colo do útero. O hospital informou que atende, em média 200, pacientes por dia na unidade de Fernandópolis. De acordo com o diretor-geral, não houve repasse de 16,7 milhões de reais pelo governo estadual para manter os atendimentos. “Se não tiver acordo, até o fim do ano, também fecharemos a unidade Jales”. 

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    Uip considerou as declarações de Prata “inconsequentes e irresponsáveis”. “Nós tivemos, no começo de 2015, um atraso de repasse não só para a Fundação Pio XII, nós tivemos um problema de fluxo de caixa na secretaria e que foi resolvido. O atraso foi pago”, disse. “A partir daí, não se atrasou um dia, um tostão, um minuto. Nós estamos absolutamente em dia”, complementa. Segundo o secretário, desde 2013 foram repassados cerca de 800 milhões de reais para a Fundação Pio XII.

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    Sobre as acusações de que não foi feito o pedido de credenciamento da unidade de Fernandópolis ao governo federal, o secretário nega. “Em Fernandópolis, a bipartite aprovou em 2015 e no dia seguinte nós pedimos o credenciamento ao Ministério da Saúde”, disse. “O ministério reconhece e vai credenciar assim que ele fizer o rearranjo financeiro”, complementa. 

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