A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta quinta-feira (23) um homem que disse ter participado do crime que resultou na morte do indigenista Bruno Pereira, de 41 anos, e do jornalista britânico Dom Phillips, 57, no Amazonas.
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O homem é Gabriel Pereira Dantas, de 26 anos, que em depoimento afirmou ter se mudado em maio deste ano para Atalaia, no Vale do Javari, região onde o crime ocorreu. Segundo a história que contou aos agentes do 77º Distrito Policial (Santa Cecília), ele estava na região fugindo do Comando Vermelho por dívidas de drogas com a facção criminosa.
Segundo disse, no dia do crime, ele estava bebendo com Amarildo Oliveira, o Pelado, um dos presos pela morte do indigenista e o jornalista, quando este pediu para que Gabriel pilotasse a sua canoa. No meio do caminho teriam encontrado a embarcação onde estavam Dom e Bruno e começaram a perseguição. No momento em que conseguiram se aproximar da embarcação onde estavam o indigenista e o jornalista, Pelado tirou uma espingarda e começou a efetuar os disparos, a uma distância de três metros.
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Pelo relato, o primeiro a ser atingido foi Dom, seguido de Bruno. Após matar as vítimas, Pelado teria encoberto os corpos e rebocado o barco onde eles estavam. Segundo Gabriel, outros dois ribeirinhos os auxiliaram a esconder os corpos. Depois disso, pegaram os pertences das vítimas e espalharam pela mata.
Ainda segundo o que declarou aos policiais, depois do crime ele pegou um ônibus para Manaus, e, de lá, para São Paulo, onde chegou na última segunda-feira (20). Segundo disse, confessou a participação por sentimento de culpa e por ter filhos pequenos.
Aparentando não conhecer quem era Dom e Bruno, Gabriel afirmou que Pelado lhe disse que queria atirar em Dom por ele ter, supostamente, provocado a sua mulher. Já Bruno teria morrido para não servir de testemunha, na versão dele.
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Gabriel deverá prestar depoimento à Polícia Federal, que investiga o caso.