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A herança industrial da Mooca

Fábricas foram o motor do desenvolvimento e ainda fazem parte do cenário do bairro

Por Jéssika Torrezan
Atualizado em 5 dez 2016, 10h18 - Publicado em 4 jun 2011, 00h50

O INÍCIO

Um dos bairros mais antigos de São Paulo, a Mooca tem seu marco de surgimento em 17 de agosto de 1556, após a construção de uma ponte sobre o Rio Tamanduateí, ligando o centro à Zona Leste. Há três possíveis origens para seu nome, duas oriundas do tupi-guarani: “moo-ka-do” (que significa ares amenos) e “moo-oca” (fazer casa). Já “moka” é uma palavra de origem asiática que pode ser traduzida como “variedades de café”. Durante quase 200 anos, a população branca dividiu o espaço com os índios.

No início do século XIX, a região passou a abrigar grandes casas, chácaras e sítios. Foi em 1875, com a inauguração do Club de Corridas Paulistano, futuro Jockey Club, que o lugar perdeu o ar bucólico e começou a se desenvolver. A chegada das ferrovias São Paulo Railway, em 1868, e Estrada de Ferro do Norte, em 1875, impulsionou o crescimento. A facilidade de escoamento da produção colaborou para a instalação de diversas fábricas, criando um polo industrial no fim do século XIX. Imigrantes italianos chegaram para ocupar os postos de trabalho e moldaram as características que o bairro mantém até hoje.

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