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OLÁ,

‘Hell’ traz atuação marcante de Bárbara Paz

Em cartaz no Teatro Popular do Sesi, peça é dirigida por Hector Babenco, marido da atriz

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h31 - Publicado em 22 out 2010, 22h05

Não havia dúvida de que o drama Hell, em cartaz no Teatro Popular do Sesi, seria construído sob medida para o talento de Bárbara Paz. Dirigida pelo cineasta Hector Babenco, seu marido, a atriz brilha no palco. Escrito pela francesa Lolita Pille e adaptado por Babenco e Marco Antônio Braz, o romance ‘Hell — Paris 75016’ exige virtuosismo de quem vai interpretar sua protagonista. Na pele de uma garota fútil e arrogante, Bárbara aproveita a chance, garante o interesse e justifica a montagem.

A transposição do livro, uma espécie de diário, peca ao manter a linguagem em primeira pessoa. Numa aposta verborrágica, a personagem destila preocupações com roupas de grife e ainda sofre depois de noitadas sem limites. Mesmo após a entrada do inexpressivo ator Ricardo Tozzi (no papel de Andrea), o excesso narrativo se mantém e compromete a encenação. A opção de mostrar de forma praticamente unilateral o relacionamento entre Hell e o playboy Andrea, tomado pelo desespero e imerso em drogas, deixa clara a ausência de maior preocupação cênica. Faltou mais teatro. E isso fica evidente no momento em que o teatro realmente se faz: no belo monólogo final, quando Bárbara conta a história da ópera ‘La Traviata’ e simula uma relação sexual.

AVALIAÇÃO ✪✪

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