Manual de etiqueta da praia
Especialistas ensinam normas que podem tornar mais agradável a convivência à beira-mar
Chegou o verão, época em que muitos paulistanos trocam seu habitat natural, o escritório, por um lugar ao sol. Como os moradores da cidade adoram regras e manuais (ainda bem, diga-se), VEJA SÃO PAULO procurou especialistas em etiqueta para apurar o certo e errado do comportamento à beira-mar. A seguir, dicas dos consultores de etiqueta Claudia Matarazzo e Fábio Arruda para curtir o verão sem pagar mico.
■ Ao escolher a roupa, inclua peças que não limitem você à faixa de areia. Ou seja, mulheres devem levar uma saída de praia ou vestidinho e os homens, uma bermuda mais comprida. Isso evita problemas caso sua turma resolva emendar o dia sob o sol com um restaurante — alguns estabelecimentos proíbem a entrada de banhistas, por exemplo.
■ Quando for sacudir sua toalha para tirar areia, verifique se não vai deixar um vizinho “à milanesa”. É o auge do egoísmo sujar o outro para ficar com a canga limpinha”, diz Fabio Arruda.
■ O mesmo vale enquanto estiver caminhando entre as barracas: cuidado para não encher os outros de areia.
■ Além de feio, usar maquiagem na praia não é saudável. Mesmo que seja à prova d’água, derrete e se mistura ao protetor. Para completar, o efeito é artificial.
■ Jóia: um brinco pequeno. E só.
■ OK, mas se a vontade de pulseiras, anéis e colares for mais forte que você, escolha acessórios de madeira ou que tenham conchas.
■ Papais e mamães devem segurar as crianças para que elas não invadam o espaço do outro.
■ Nada de caixas de som e amplificadores escandalosos — abrir o porta-malas do carro, então, nem pensar! “Se quiser montar uma banda, faça na garagem de casa. As pessoas não são obrigadas a ouvir sua música”, complementa Claudia Matarazzo.
■ Aliás, para quem quiser muito ouvir música, o ideal é usar fones de ouvido.
■ Namorar na praia não é uma coisa tão rigorosa. Desde que você não obrigue o outro a testemunhar sua intimidade.
■ Se for jogar frescobol ou futebol na areia, o melhor é ficar mais perto da água para não atingir ninguém.
■ Para os fumantes, o principal é não fumar perto demais de outras pessoas ou na beira do mar porque a cinza cai e polui a água. Além disso, jogar a bituca no chão é imperdoável. O ideal é levar seu cinzeiro e jogar tudo no saquinho quando terminar.
■ Se pretende dar uma cochilada na praia, não esqueça do protetor solar em hipótese nenhuma. Caso esteja sozinho, programe o despertador do celular para acordá-lo.
■ Bichos de estimação e praia não combinam. “Se lugar de cachorro fosse na praia ele nascia com nadadeiras”, finaliza Claudia Matarazzo.
■ Você não é o dono da praia. Ou seja: mesmo que tenha chegado cedo, tente não esparramar suas coisas pela areia. Se o grupo é uma família enorme e tem isopor e outras coisas, o ideal é procurar deixar tudo em um lugar compacto para não virar acampamento.
■ Extremamente importante: reúna seu lixo em saquinhos e, quando for embora, jamais — repetindo, JAMAIS — abandone-o na areia. Deixar a praia limpa é obrigação de qualquer pessoa minimamente civilizada.