Quase doze horas após a retirada pela Tropa de Choque da Polícia Militar de manifestantes que estavam acampados na Avenida Paulista, cerca de 40 pessoas voltaram a acampar em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Os manifestantes ocuparam o local desde a posse do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva como ministro chefe da Casa Civil, na quarta (16).
O grupo chegou ao local ainda na noite de sexta (18), logo após o fim da manifestação a favor do governo de Dilma Rousseff, que contou com a presença do ex-presidente Lula e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. Segundo a Polícia Militar, são cerca de 15 barracas que estão na calçada, próximo à estação de metrô Trianon-Masp. Eles estão acampados desde o término do protesto do PT e de entidades sindicais.
Os acampados se revezaram durante toda a noite na vigília. Enquanto alguns se abrigavam do frio dentro das barracas, outros permaneciam sentados no muro da estação Trianon-Masp do metrô. Bandeiras do Brasil e mantas foram usadas para se proteger. Até o momento, o acampamento é pacífico e não houve registro de tumultos ou problemas durante a madrugada.
+ Acompanhe todas as manifestações políticas em São Paulo
Na manhã de sexta, para evitar o encontro de grupos pró e contra o governo, a PM tentou negociar com os manifestantes para que a avenida fosse liberada em decorrência do outro ato, marcado para as 16h. Sem sucesso, a Tropa de Choque retirou a força os manifestantes usando bombas de efeito moral e jatos d’água. A avenida 9 de Julho chegou a ser bloqueada durante a tarde, mas foi rapidamente liberada pelos manifestantes.