São Paulo é mundialmente conhecida por seus grafites, feitos por artistas que vendem obras por milhares de reais mundo afora. Diante deste universo enorme e mutável da arte de rua é possível escolher um único que melhor represente a cidade?
Para a difícil tarefa de selecionar uma lista com cinco obras, contamos com a ajuda de três especialistas na área. Baixo Ribeiro é fundador e presidente da galeria Choque Cultural, especializada em arte urbana. Marcelo Mesquita é diretor de Cidade Cinza, documentário que acompanhou um grupo de grafiteiros (entre eles Osgêmeos, Nunca e Nina Pandolfo) que enfrentou a Prefeitura e sua prática de apagar as obras. O filme estreou do festival É Tudo Verdade e agora um crowdfunding é realizado para que ele chegue a mais salas de cinema. Por fim, participa também o sociólogo Sérgio Franco, que foi curador da polêmica pixação na Bienal de Berlim do ano passado.
A pergunta feita a eles foi a mesma: Quais grafites seriam os mais significativos de São Paulo? Uma das grandes dificuldades é, a príncipio, a própria natureza dessa arte. “A produção da rua é muito dinâmica e sempre se transforma”, afirma Sérgio Franco. Outra, é a grande variedade de obras. Em São Paulo há espaços que funcionam como galerias abertas, como a Avenida Cruzeiro do Sul, na Zona Norte, e os vários becos da Vila Madalena, na Zona Oeste. “O mural da alça da 23 de Maio é importante devido aos artistas que pintaram, pela história de ter sido apagado pelo Kassab e repintado, além de ser um dos primeiros murais autorizados na cidade”, afirma Mesquita.
Nas três listas apresentadas pelos especialistas foram escolhidas as cinco obras que receberam mais indicações. Agora cabe a você: Daniel Melim, Minhau, Nunca, Osgêmeos ou Speto? Vote e decida!