Mistura de música cigana com punk e tarantela, o som do Gogol Bordello produz uma estranha reação nas pessoas. Basta ouvir a batida animada que o público começa a agir como maluco. Pessoas dançam sozinhas de lá pra cá, rodas se formam, todos batem palmas como se fossem castanholas. É uma verdadeira festa cigana.
+ Prepare-se para o segundo dia do Lollapalooza
+ Lollapalooza: atrações que também tocam fora do festival
Dentro da programação do segundo dia do Lollapalooza, o grupo subiu às 14h no palco Butantã. No dia anterior, o som do palco Perry, que fica ao lado, prejudicou algumas das apresentações, mas ao contrário deles o Gogol Bordello surpreendeu e conseguiu superar as batidas eletrônicas de seu vizinho, a dupla Kings of Swingers.
Apesar de algumas nuvens cinzas rondarem o sol, o calor imperava. A temperatura era tão alta que foi preciso que os bombeiros dessem copos de água para a primeira fila. Com o sol e as batidas dos pés da plateia, o chão de terra do Jockey começou a levantar uma fina poeira, que sujava sapatos e roupas. Mas ninguém se importava e a folia não parou até o fim do show, que teve duração de uma hora.
No palco, o vocalista Eugene Hütz divertia com sua dança desajeitada. A banda é formada por integrantes de várias etnias. Hütz é ucraniano e os outros oito músicos são de países como Rússica e Equador. O vocalista tem há três anos uma casa no Rio de Janeiro, mas apesar de vir bastante ao país, arranhou apenas algumas frases. A turnê que eles trouxeram para o Lollapalooza divulga o álbum “Trans-Continental Hustel”, lançado em 2010.