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OLÁ,

Personagens do Parque Santo Antônio: Gilson Lima

Hoje evangélico, o produtor musical já matou um assaltante por vingança

Por João Batista Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 16h57 - Publicado em 18 ago 2012, 00h51

Filho de um pastor e de uma dona de casa, Gilson Lima cresceu no bairro e entrou para o mundo do crime aos 25 anos. Vingou-se de um assaltante que havia atacado seu irmão. “Atirei e fiz o serviço”, conta. Depois disso, começou a assaltar. Chegou a roubar bancos e a realizar sequestros-relâmpago. Em paralelo, atuava como produtor musical. “Trabalhei com os Racionais MC’s, Katinguelê e Pixote”, enumera.

+ A cada seis dias, uma pessoa é morta no Parque Santo Antônio

Teve várias passagens pela prisão. Na mais longa delas, “puxou” três anos e meio na penitenciária de Itapetininga, no interior do estado, condenado depois que a polícia encontrou 25 gramas de cocaína em seu carro. “Foi uma armação dos PMs, que viviam me chantageando”, reclama Gilson. “Certa vez, me tomaram 20.000 reais para não me prender.” Ele está solto desde maio do ano passado. “Hoje, ser bandido não tem nada a ver comigo.”

Convertido à religião evangélica, retomou a carreira de produtor musical e tem planos de abrir uma empresa de reciclagem de entulho de construção. “O crime é sujo, porém não aceita falha. Só é possível sair dessa vida se for para encontrar Deus.”

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