Às 4 horas da tarde do último domingo (23), Neymar entrou em campo para enfrentar o Flamengo, no Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, na sua 61ª partida do ano. Logo após a peleja no Rio de Janeiro, o atacante saiu às pressas para ser jurado em um concurso de improviso com a bola, organizado pela Red Bull na mesma cidade. Deu notas, fez piruetas e, quinze horas depois, estava no Museu do Futebol, em São Paulo, para anunciar seu novo patrocinador, o Guaraná Antarctica, ao lado do são paulino Lucas, da cantora Claudia Leitte e do ex-jogador Ronaldo. Na terça (25), voltou a calçar as chuteiras para treinar com o elenco do Santos — nesse mesmo dia, seu nome entrou na lista dos cinquenta jogadores indicados para a disputa da Bola de Ouro, prestigiada premiação da revista francesa “France Football” que elege o melhor jogador do mundo.
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Compromisso fora dos campos: jogador foi jurado em concurso da Red Bull
Em seu terceiro ano como profissional, Neymar se tornou um fenômeno dentro e fora dos gramados. Com faturamento de 1,5 milhão de reais por mês, um terço de salário e o restante com publicidade, é o atleta mais bem pago do futebol brasileiro. Requisitado para sessões fotográficas, comerciais de TV e eventos diversos, faz cerca de três anúncios por semana, nos intervalos da sua rotina nos gramados. “Nosso maior problema é conseguir uma diária de oito horas do Neymar, pois ele tem uma agenda muito carregada”, afirma Junior Pedroso, diretor de marketing da WR Partner’s, empresa que cuida dos negócios do boleiro.
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Nos próximos meses, ele deve estrelar as campanhas de um banco e de uma operadora de telefonia (comenta-se no mercado que seria a Claro), além de lançar uma loja virtual em seu site , que tem 1 milhão de visitas por mês. As companhias que investem em sua imagem pagam caro, mas estão satisfeitas com o retorno. “Ele é uma unanimidade entre os torcedores e ajuda a trazer um público mais jovem para a marca”, diz Valquírio Cabral Júnior, diretor comercial da Lupo, empresa que tem contrato com o camisa 11 até o fim de 2014, ao custo de 1 milhão de reais por ano.
Ronaldo Kotscho
Ex-goleiro Emerson Leão: garoto-propaganda das cuecas Dog nos anos 80
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Campanhas publicitárias estreladas por jogadores de futebol foram se tornando mais comuns na década de 70 com Pelé, que fez comerciais de vitaminas e imobiliárias, entre outras coisas. Nos anos 80, o goleiro Emerson Leão virou garoto-propaganda das cuecas Dog. Depois disso, porém, com a debandada dos atletas para o exterior, a coisa começou a rarear. O aumento recente do faturamento dos clubes brasileiros elevou o cacife dos cartolas para repatriar grandes nomes e manter as revelações mais tempo no país.
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Lucas, em anúncio para AmBev: depois de um período em baixa, jogadores voltaram a participar de campanhas
A proximidade de ídolos como Neymar reaqueceu os negócios na publicidade. O único risco do momento apontado pelos especialistas envolve a superexposição dos esportistas. O ex-jogador Tostão, colunista da “Folha de S.Paulo”, reconhece o talento do atacante santista. Recomenda, no entanto, cuidado na administração de sua imagem. “Ele é excepcional, mas está sendo valorizado numa proporção acima do que já provou até aqui no futebol.”
ARTILHEIROS DOS COMERCIAIS
Os atletas do futebol brasileiro que mais faturam com publicidadeJogador Faturamento mensal
1º – Neymar (Santos)…………………………………………………..1 milhão
2º – Paulo Henrique Ganso (Santos)……………………………..0,6 milhão
3º – Lucas (São Paulo)………………………………………………..0,5 milhão
4º – Ronaldinho Gaúcho (Flamengo)……………………………..0,4 milhão
5º – Rogério Ceni (São Paulo)………………………………………0,3 milhãoFonte: Máquina do Esporte
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