Todo o estado de São Paulo regrediu para a fase vermelha e vai fechar comércios considerados não essenciais. A medida, anunciada nesta quarta-feira (3) pelo governador João Doria (PSDB), entra em vigor à meia-noite de sábado (6) e deve durar ao menos duas semanas. Escolas podem receber alunos de forma presencial.
A gestão Doria atende a pedidos do Centro de Contingência do Coronavírus e de prefeitos do estado. Em reunião, eles pediram o endurecimento da quarentena por causa do aumento do número de casos, internações e mortes por Covid-19. Segundo projeção do governo paulista, o sistema de saúde entrará em colapso em 15 de março caso medidas mais severas para conter o avanço da pandemia não aconteça.
O governador João Doria disse que São Paulo entrou na pior semana da pandemia. Na terça (2), o estado teve o maior número de mortes pela doença em 24 horas com 468 óbitos, passando a marca de 60 000 falecimentos pela Covid.
O número de internações também é recorde: são 16.359 pacientes com suspeita ou diagnosticadas com a Covid. 9.332 estão em leitos de enfermaria e 7.027 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
“Entramos na pior semana da Covid-19 da história da pandemia desde 26 de fevereiro. Isso não apenas em São Paulo, os demais estados também, eu tenho falado com governadores de outros estados. Há uma preocupação generalizada”, disse o governador.
Na última sexta-feira (27), a capital paulista bateu o recorde negativo de ocupação de leitos nos hospitais privados. Albert Einstein e Emílio Ribas chegaram a 100% da ocupação de leitos de UTI, Beneficência Portuguesa chegou a 98% e Sírio-Libanês teve 97%.
A gestão decidiu manter as escolas abertas apesar da recomendação do secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, de suspender as aulas presenciais.
O que pode ficar aberto na fase vermelha
Na fase de alerta máximo do Plano São Paulo de reabertura econômica, somente serviços essenciais podem operar. Estão entre eles: serviços de delivery, açougues, farmácias, mercados, padarias, postos de combustíveis, meios de transporte coletivo (ônibus, trem e metrô), transportadoras, oficina de veículos, centros religiosos, serviços de hotelaria, bancos, pet shops e serviço de lavanderia. O atendimento presencial em lojas, bares e restaurantes é proibido.