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Família contesta versão da PM sobre morte de jovem

Luan Gabriel Nogueira de Souza foi atingido pelo disparo de um cabo da corporação enquanto estava em uma viela e conversava com amigos no domingo

Por Estadão Conteúdo
8 nov 2017, 09h32
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  • No domingo (5), um adolescente de 14 anos foi morto com um tiro no pescoço pela Polícia Militar em Santo André, no ABC paulista. Parentes e amigos do jovem contestam a versão da corporação de que a vítima teria reagido a uma abordagem policial e estaria envolvida no furto de uma motocicleta.

    Luan Gabriel Nogueira de Souza foi atingido pelo disparo de um cabo da corporação enquanto estava em uma viela e conversava com amigos no domingo. Testemunhas afirmam que PMs tentaram forjar um tiroteio. Luan foi enterrado nesta segunda-feira (4) sob forte comoção.

    De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais Adilson Antonio Senna de Oliveira e José de Souza realizavam patrulhamento no Parque João Ramalho, em Santo André, após o registro de furto de uma motocicleta do pátio da prefeitura. Na Travessa 7 da Rua Paraúna, teriam visualizado jovens desmontando o veículo, momento em que esses suspeitos trocaram tiros com a guarnição.

    A versão é contestada pela família, que diz que Luan saiu de casa, em uma travessa próxima, instantes antes para ir ao mercado comprar bolachas. Ao passar pela viela, cumprimentou colegas e foi surpreendido com o disparo do policial, que teria entrado no local atirando. “Indícios apontam para execução”, disse o advogado Ariel de Castro Alves, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). A mãe, a cozinheira Maria Medina Costa Ribeiro, de 43 anos, cobrou investigação.

    Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que foi aberto inquérito policial-militar pelo 10.º Batalhão, sob acompanhamento da Corregedoria da PM. “Os policiais envolvidos foram afastados do serviço operacional.”

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