O Centro Acadêmico XI de Agosto anunciou nesta quinta-feira (30), nas redes sociais, a aprovação das cotas raciais no vestibular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A partir de agora, a universidade destinará 10% das vagas a alunos de escolas públicas e 20% a negros, pardos e indígenas, ambos pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
A decisão aconteceu frente à pressão realizada pelos alunos. Na quarta-feira (29), o centro acadêmico organizou uma Assembleia Geral dos Estudantes para reforçar a questão das cotas raciais e programar uma paralisação para o dia seguinte. Hoje pela manhã, ocorreu a paralisação e a universidade aceitou o pedido de cotas raciais. No entanto, o protesto se manteve até o fim do dia, não havendo aulas.
A reivindicação não é nova. Os alunos pedem a implantação das cotas raciais na faculdade desde 2012. “É um avanço para democratizar o acesso ao ensino. Achamos essencial essa minoria estar presente na faculdade, para uma sociedade mais igualitária”, comemora Paula Masulk, presidente do centro acadêmico.
Desde o ano passado, 70% das vagas são destinadas aos aprovados na Fuvest e 30% a alunos do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O Sisu é o sistema de notas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).