Depois de homenagear nomes como Machado de Assis, Clarice Lispector e Fernando Pessoa, o Museu da Língua Portuguesa traz agora uma mostra dedicada ao autor de “Memórias Sentimentais de João Miramar”. Com curadoria de José Miguel Wisnik e cenografia de Pedro Mendes da Rocha, Oswald de Andrade — O Culpado de Tudo passeia por vários aspectos do controverso escritor paulistano, do jovem antropófago ao aristocrata falido, passando pelo militante comunista e pelo conquistador de mulheres.
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Painéis explicativos didáticos, vídeos e frases inscritas nas paredes e nos banheiros instruem os visitantes. Wisnik acerta ao escolher citações bem-humoradas para informar o espectador a respeito da relação de amor e ódio entre Oswald (1890-1954) e Mário de Andrade (1893-1945). Sobressai ainda uma instalação de Laura Vinci com notas de cruzeiro manchadas e suspensas no teto, menção à crise financeira de 1929, quando o modernista perdeu a fortuna. A se lamentar apenas a ausência de instalações audiovisuais interativas. Em compensação, é a primeira vez, desde a exposição sobre Guimarães Rosa, em 2006, que a instituição deixa suas janelas abertas. Uma decisão corretíssima.
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