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OLÁ,

Expectativa de vida cai em São Paulo pela primeira vez desde 1940

Por causa da pandemia, em 2020 a mortalidade no estado aumentou 12%, o que impactou diretamente nos cálculos da esperança de viver

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 abr 2021, 10h37 - Publicado em 20 abr 2021, 10h37
Três pessoas com máscaras de proteção carregam caixão de vítima do coronavírus
Vítima do novo coronavírus: família ajuda a levar o caixão (Yan Boechat/Veja SP)
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A expectativa de vida no estado de São Paulo caiu pela primeira vez desde que a série histórica começou a ser calculada, em 1940. Em 2020, a esperança de vida ao nascer na região era de 75,4 anos. Em 2019, era de um ano a mais, 76,4.

Os dados são da Fundação Seade, divulgados nesta terça-feira (20). “O rápido aumento dos níveis de mortalidade, com a expansão da pandemia da Covid-19 em todo o território paulista, afetou diretamente os padrões demográficos de longevidade conquistados, resultando em retrocesso ao patamar de vida média observado sete anos atrás, entre 2012 e 2013”, diz a instituição.

A Covid-19 já matou ao menos 89 000 pessoas em São Paulo. Em 2020, a mortalidade no estado aumentou 12%, o que impactou diretamente nos cálculos de expectativa de vida.

A estimativa é feita a partir da quantidade de óbitos de uma região, de quantos anos em média uma pessoa nascida hoje deve viver, caso as estatísticas de mortalidade não se alterem no decorrer da sua vida.

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“A esperança de vida desde 1940 para cá sempre aumentou […] Ela teve uma fase em que aumentou pouco, que foi entre 1980 e 2000, foi a fase em que se expandiu a violência, onde se coincidiu Aids com as mortes por agressões, e com os acidentes de transportes, que foram crescendo”, explicou Carlos Eugenio Ferreira, demógrafo da Fundação Seade e um dos autores do estudo, em entrevista ao G1. 

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