Após divulgar os dados pessoais do motorista do Volvo que bateu e derrubou um poste na Avenida Pedroso de Morais, em Pinheiros, na madrugada desta segunda (26), a delegada Camila Ferraz, do 14º DP, responsável pelo caso, voltou atrás.
Segundo ela, apenas o exame de DNA do passageiro – que ficou preso às ferragens do veículo e morreu carbonizado – poderá comprovar a identidade correta de quem estava ao volante no momento do acidente. Esta pessoa fugiu do local sem prestar socorro ao outro ocupante e ainda não apareceu para prestar depoimento.
+ Carro bate em poste e passageiro morre carbonizado em Pinheiros
Até o início desta noite, os investigadores alegavam que o empresário Mauricio Fittipaldi Morade, de 37 anos, estaria conduzindo o carro. Relatos de duas testemunhas e imagens de uma câmera de segurança de um prédio próximo indicavam que Morade teria fugido da cena do acidente e voltado ao local pouco depois, antes de desaparecer novamente.
No entanto, familiares que estiveram na delegacia nesta noite para analisar o vídeo afirmaram que, na verdade, o empresário seria o passageiro morto. Segundo essa hipótese, um amigo de Morade, cujo nome não foi divulgado, estaria dirigindo o veículo.
Devido às versões contraditórias, a delegada Camila Ferraz afirmou que apenas o exame de DNA poderá comprovar a real identidade da vítima, confirmando assim o nome do condutor que abandonou o local da batida e segue desaparecido.
+ Confira outras notícias da cidade
Os destroços do carro foram levados para a delegacia. O motorista deverá responder por homicídio doloso, quando há a intenção, e por ter fugido do local do acidente.
O carro tem placa de Ribeirão Preto, mas está registrado em nome de uma locadora de Curitiba (PR). A polícia afirma que o proprietário ainda não havia feito a transferência do documento e que a situação do carro está regular.
O caso
A colisão ocorreu por volta das 2h30 da madrugada de segunda. De acordo com a Polícia Militar, o condutor perdeu o controle do veículo e bateu em um poste perto da Rua Alberto Faria. Um transformador fixado na estrutura de concreto caiu sobre o veículo e explodiu, causando o incêndio.
Na delegacia, o segurança Renato Lima reconheceu por foto o motorista, que supostamente estaria embriagado. “Ele saiu correndo quando os bombeiros chegaram.”
Outra testemunha, Reinaldo Vieira Pinto, declarou que o suspeito retornou para o local dez minutos após o acidente, fingindo ser apenas um curioso. Entretanto, ao ser reconhecido, escapou novamente.