Depois de perder o braço direito ao ser brutalmente atingido em sua bicicleta na Avenida Paulista por um motorista que havia bebido, o jovem David Santos Sousa, de 21 anos, virou símbolo da indignação dos paulistanos contra a selvageria nas ruas e a impunidade em casos semelhantes. “Ele está se recuperando bem, mas ainda não há previsão de alta”, diz seu advogado, Ademar Gomes. Confira a reportagem completa com o perfil da vítima e do atropelador, o universitário Alex Siwek, também de 21 anos, na edição de VEJA SÃO PAULO desta semana. A seguir, o que o limpador de janelas pensa sobre o episódio e o seu futuro.
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Do que você se lembra? De nada. Só de acordar no hospital.
Qual foi a sua reação ao saber que seu braço direito tinha sido decepado? Meu braço não tem preço para a minha vida. Estou tentando superar o trauma que sofri o tempo todo. O mais importante agora é cuidar do lado psicológico.
Fisicamente, como está sendo a adaptação? Muito difícil, dói muito. Sinto que meu braço continua aqui. Estou me esforçando para fazer as coisas só com o esquerdo, mas é complicado. Se eu fosse uma criança, seria bem mais fácil. Agora tenho de aprender tudo de novo.
Quais os seus planos para o futuro? Quero continuar meus estudos e escolher uma nova profissão. Minha vida vai mudar completamente, mas uma coisa é certa: eu vou conseguir viver sem meu braço.