Pelo menos 900 gestantes do estado de São Paulo já receberam o diagnóstico suspeito de zika, revelou a diretora de emergências em saúde do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, Gizelda Katz.
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Até agora, nenhum dos fetos desenvolveu microcefalia, mas as mulheres seguem sendo monitoradas, uma vez que a má-formação pode aparecer nos exames somente em estágios mais avançados da gravidez.
No grupo de mulheres que já deram à luz, há 38 casos confirmados de microcefalia com suspeita de ligação com o zika e 112 em investigação no Estado.
De acordo com Gizelda, como ainda não há exames diagnósticos de zika em volume suficiente para testar toda a população com sintomas, as gestantes estão sendo priorizadas.
“De casos autóctones de zika confirmados em laboratório temos 101, dos quais 84 são gestantes”, contou ela, após participar de evento sobre o zika promovido pelo Instituto Emílio Ribas. Os demais registros ainda estão sendo investigados.
Segundo a diretora, a maioria das gestantes com suspeita da doença é de Ribeirão Preto. “Essa é a região que vai ser o epicentro de zika no estado. Se formos ver a história da dengue em São Paulo, ela está se repetindo agora com zika. Na década de 90, a primeira transmissão importante de dengue começa lá: Ribeirão Preto, Barretos, São José do Rio Preto, depois ela se espalha. O zika vai repetir a mesma história, talvez um pouco mais rápido”, diz.
Segundo a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto, 425 grávidas já receberam diagnóstico suspeito de zika neste ano.