Estação Júlio Prestes ficará fechada até domingo (24) para obras de restauração

Entre as intervenções, será removida uma passarela metálica, não prevista no projeto original, o que contribuirá para devolver a autenticidade visual

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 nov 2024, 15h56
Vista externa da Estação Júlio Prestes, que passa por restauração
Vista externa da Estação Júlio Prestes, que passa por restauração (Governo de SP/Divulgação/Divulgação)
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Para a nova fase de obras de restauração da Estação Júlio Prestes, da Linha 8-Diamante, a concessionária ViaMobilidade interdita até domingo (24) a estação. Como alternativa, ao longo desse período, os usuários podem utilizar os trens da Linha 7-Rubi, na Estação da Luz para seguir viagem até a Estação Palmeiras-Barra Funda.

Entre as intervenções, será removida uma passarela metálica, não prevista no projeto arquitetônico original, o que contribuirá para devolver à estação a autenticidade visual.

No sentido contrário, o usuário deve desembarcar na Estação Palmeiras-Barra Funda e seguir pela Linha 7- Rubi até a Luz. Para quem vai sentido Júlio Prestes, uma das alternativas é utilizar o acesso à Sala São Paulo, aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

Pelo estacionamento da sala de concertos, outra opção para o cliente, o acesso é liberado das 5h às 23h30.

O quadro de agentes de atendimento e segurança (AASs) foi reforçado nas estações para orientar o público. Informações adicionais estarão disponíveis nos canais oficiais da ViaMobilidade e haverá comunicação por meio de sinalização e avisos sonoros nos trens e nas estações.

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Na nova fase, além da remoção da passarela metálica, o projeto contempla uma reconfiguração dos ambientes. A sala operacional, por exemplo, será transformada em um café, com um espaço onde as pessoas poderão contemplar o prédio histórico da estação enquanto aguardam o trem.

Essa reconfiguração busca valorizar os elementos originais do espaço e torná-lo mais acolhedor. O restauro envolve uma investigação detalhada das cores e materiais usados originalmente. A cor “flor de laranjeira” foi escolhida para harmonizar as áreas internas, enquanto nuances de rosé serão aplicadas em pontos específicos.

Para as pinturas, são usadas tintas minerais compostas de silicatos, mais duráveis e adequadas à conservação de ambientes históricos, como as empregadas no projeto original.

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As obras preveem ainda o restauro das alvenarias e estruturas metálicas, que, além de receberem tratamentos de proteção, serão adaptadas para prolongar sua vida útil. As janelas históricas, com seus vidros aramados que garantem segurança e resistência, serão restauradas para manter a luz natural e a transparência do espaço.

Os jardins externos serão revitalizados para criar áreas de convivência, complementando o ambiente da estação.

Seguindo as diretrizes dos órgãos de preservação patrimonial, como Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), o restauro também inclui adaptações modernas, como câmeras e sistemas de monitoramento integrados ao Centro de Controle Operacional (CCO), além de melhorias em acessibilidade, infraestrutura elétrica e hidráulica.

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Inaugurada em 1938 e projetada por Christiano Stockler das Neves, a Estação Júlio Prestes foi criada como sede da Companhia Estrada de Ferro Sorocabana. Na época, a estação simbolizava o auge da economia cafeeira, sendo o principal elo entre a cidade e o campo.

A previsão de conclusão das obras de restauração é 2026.

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