Quando passou pelo portão do complexo Belém 2, na Zona Leste, na segunda-feira 11, Silvan Santos rapidamente trocou o sorriso por um semblante amarrado. “Ninguém veio me buscar”, lamentou ele, de longe o mais calado dos egressos acompanhados pela reportagem. “Deveriam ter acompanhado meu processo”, continuou. Referia-se à família, que mora em Guarulhos? “Também”, falou, encerrando o assunto. Silvan foi preso em 2006, por homicídio. Ele diz que, na ocasião, tentava defender um irmão, jurado de morte. Questionado sobre a nova vida, antes de tomar o ônibus rumo à casa da mãe, respondeu, lacônico: “Nada me anima”.
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