Fazia cerca de duas horas que Renata Maria da Silva, de 35 anos, havia deixado o Centro de Progressão Penitenciária do Butantã. Ao pisar no Terminal Rodoviário Barra Funda, correu para os orelhões a fim de comunicar a notícia ao pai e aos três filhos que a esperavam em Avaré, no interior do estado. “Vão fazer uma festa para mim”, comemorava. Ao terminar o telefonema, como mostra esta foto, encontrou uma amiga. Era, acreditem, uma foragida, que não retornou de uma saidinha. Minutos depois, a cena improvável se repete: outra jovem que também escapou a cumprimenta. “Nunca pensei em fugir”, diz ela, que, como grande parte das mulheres presas por tráfico de drogas, relata ter entrado no crime para ajudar o ex-marido. “Depois que fui presa, a relação acabou.” Condenada pela primeira vez em 2004, saiu da cadeia após dois anos e onze meses. Ficou livre apenas duas semanas e, reincidente, estava atrás das grades desde então.
+ Presos vivem o primeiro dia de liberdade