Após seis meses de trabalho, a reforma da escola Raul Brasil, em Suzano, foi encerrada. A escola, que no ano passado foi alvo de um massacre, conta agora com novas áreas de convivência, espaço de inovação e dispositivos de segurança.
Segundo o governo paulista, as obras foram concluídas no mês passado, mas a inauguração só deve ocorrer após a pandemia do coronavírus, quando as aulas presenciais forem retomadas no estado.
A revitalização da escola tinha como intenção ressignificar os espaços, oferecendo mais conforto e mais segurança aos funcionários e alunos. As áreas comuns, segundo o governo, foram reconfiguradas. Antigas estruturas da escola foram demolidas e deram espaço a novas salas de aula, banheiros acessíveis, salas de leitura e de informática, além de uma nova cantina. No prédio principal haverá um espaço de inovação, um laboratório equipado com 47 notebooks, Smart TV e impressora 3D.
O acesso à escola também foi alterado, passando a ser feito agora, durante o turno escolar, pela Rua José Garcia de Souza. Esse acesso será restrito a alunos, professores e demais funcionários. Pais e visitantes deverão entrar pela secretaria da escola, em uma acesso independente, construído com vidro blindado. Este mesmo acesso será utilizado por alunos, funcionários e professores fora do horário escolar.
A escola também ganhou mais cores. Além das salas de aula e dos pisos coloridos, o artista brasileiro Eduardo Kobra e sua equipe vão pintar painéis internos e os muros externos da escola. Os desenhos para o muro principal serão criados a partir de um concurso que reuniu alunos das 60 escolas da região de Suzano e vai selecionar os melhores trabalhos.
Todo o projeto de revitalização, que foi iniciado em outubro do ano passado, custou 3,1 milhões de reais, dos quais 2,7 milhões foram patrocinados por empresas parceiras do Instituto Ecofuturo. O governo de São Paulo investiu outros 400 000 para adquirir o mobiliário, equipamentos e complementar o valor da obra.
Massacre
O ataque à escola ocorreu manhã do dia 13 de março do ano passado. Naquele dia, dois ex-alunos – um adolescente de 17 anos e um rapaz de 25 anos – encapuzados e armados, entraram na escola armados e atiraram contra alunos, funcionários e professores. Dez pessoas morreram: duas funcionárias da escola, cinco alunos, um comerciante que era tio de um dos atiradores e os dois atiradores. O atentado deixou ainda 11 feridos.