Pelo menos uma vez por mês, o comerciante Alexandre Abdallah percorre feiras de antiguidades da capital em busca de diferentes versões de camelo e dromedário para ampliar sua já vasta coleção. Em sua casa, na Vila Leopoldina, há uma cáfila de mais de 770 unidades dos mais variados modelos e materiais (de betume a ouro, passando por plástico, madeira e porcelana).
O hobby começou no fim dos anos 90, quando ele ainda acumulava outros itens da cultura árabe, como discos de músicas típicas. A inspiração para dedicar-se somente aos camelos veio da novela O Clone, no ar em 2001, ambientada no Marrocos e com grande exibição de costumes locais. “Já vi mais de cinco vezes, principalmente a parte em que a Jade está no deserto”, declara. Cerca de 200 unidades da coleção foram recebidas de presente (há novidades semanais), e outras, adquiridas em viagens do colecionador. “Quando fui ao Egito, comprei oitenta unidades”, diz ele, que também passou pelos Emirados Árabes Unidos.
Nessa seleção, destacam-se o dromedário de madeira com 2 metros de altura e um exemplar esculpido no século XVII, de acordo com as indicações do vendedor. Apesar de não exibir publicamente suas mascotes por medo de estragá-las, ele deseja receber a chancela de maior acumulador do tipo no Guinness World Records. “O camelo é um tanque de guerra que Deus deixou na face da terra”, completa.
Confira alguns dos itens da coleção:
Plástico
Cerâmica
Chumbo
Latão
Madeira
Pele
Osso
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 13 de fevereiro de 2019, edição nº 2621.