Cidades

Encalhe em massa: litoral de SP registra morte de mais de 800 pinguins

Instituto de Pesquisa de Cananéia aponta consequências da migração de longa distância, parasitoses e interação com a pesca

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 23 ago 2025, 16h03 - Publicado em 23 ago 2025, 15h36

O Instituto de Pesquisas de Cananéia (IpC) divulgou que foram encontrados mais de 800 pinguins mortos nas regiões de Cananéia, Iguape e Ilha Comprida, municípios no litoral sul do estado. O dado representa o número até o último balanço neste sábado (23).

Os especialistas do IpeC apontam uma situação mais desafiadora neste ano com animais encalhados cada vez mais debilitados. “Os pinguins desta temporada em comparação com os últimos dois anos estão chegando com peso muito baixo, hipotérmicos (em alguns casos sem condição de aferir temperatura), com sinais de interação com pesca e muitos com condição respiratória comprometida”, afirmaram, em publicação no perfil oficial da instituição nas redes sociais.

Os registros estão sendo feitos pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias das Bacias de Santos (PMP-BS) que resgata e reabilita os animais. No início da semana, eles anunciaram que haviam encaminhado um total de 19 animais marinhos para reabilitação, incluindo um pinguim que foi estabilizado e adaptado ao grupo de aptos a soltura.

A temporada começou em julho e compreende, em especial, a migração de pinguins-de-Magalhães, uma espécie originária da Patagônia que aparecem no litoral paulista até setembro.

O que fazer em caso de avistamento de um animal marinho encalhado?

Em caso de encontro com animais em perigo, feridos ou encalhados nas praias do litoral sul de São Paulo, é preciso entrar imediatamente em contato com a equipe do PMP-BS através dos telefones: (13) 3851-1779 e 0800 642 3341 ou no Whatsapp (13) 99691-7851.