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Drauzio Varella e Globo são condenados a indenizar pai após entrevista

Reportagem do Fantástico sobre detentas transexuais gerou indignação em parte do público

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 jun 2021, 12h09 - Publicado em 23 jun 2021, 10h28
A detenta Suzy Oliveira e Drauzio Varella se abraçam
A detenta Suzy Oliveira e Drauzio Varella (Reprodução TV Globo/Divulgação)
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O médico Drauzio Varella e a TV Globo foram condenados a pagar indenização ao pai de um menino morto por Suzy Oliveira, presa transexual que foi personagem de uma reportagem exibida pelo Fantástico em março de 2020. As informações são do UOL. 

A decisão, assinada pela juíza Regina de Oliveira Marques, do Tribunal de Justiça de São Paulo, diz que o pai da criança “sofreu novo abalo psicológico ao reviver os fatos” quando foi procurado pela imprensa para voltar a falar sobre o tema. 

“Por todo o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido inicial para condenar solidariamente os requeridos ao pagamento ao autor de indenização por danos morais no importe de R$ 150.000,00 devidamente corrigido e acrescido de juros de 1% ao mês, ambos desde a data da sentença até o efetivo pagamento”, diz.

Ainda cabe recurso. A TV Globo diz que não se manifesta sobre casos em julgamento.

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A reportagem em questão tratava da vida de detentas transexuais nas cadeias brasileiras. Ao final da entrevista com Suzy Oliveira, ela revela que está há 8 anos sem receber visitas no cárcere, se emociona e Drauzio a abraça.

A imagem repercutiu e a Secretaria de Administração Penitenciária passou a receber diversos pedidos do endereço de Suzy na prisão para o envio de cartas. Outras pessoas, no entanto, não gostaram da atitude do médico e divulgaram o crime cometido por ela, o que gerou forte reação.

Em vídeo, o médico disse que desconhecia qual era o crime que Suzy havia cometido. “Não há o que falar. É um crime que choca todos nós”, afirmou. Ele pediu desculpas para a família da vítima. “Posso imaginar a dor e peço desculpas para a família do menino que foi involuntariamente envolvida no caso”.

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