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OLÁ,

Domingo tem panelaço e atos contra e pró-Bolsonaro

Protestos acontecem em pontos distintos da cidade

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 7 jun 2020, 19h49 - Publicado em 7 jun 2020, 16h21
No Largo da Batata: placas contra o presidente e antirracistas (João Miranda @filmesujo/Revista Vaidapé/Veja SP)
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Manifestantes pró e contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acontecem na tarde deste domingo (7) em São Paulo. Na Avenida Paulista, pessoas a favor do governo se reuniram em ato que teve início às 12h, em frente ao prédio da Fiesp.

No Largo da Batata, o ato convocado por torcidas de futebol e movimentos negros e sociais começou por volta das 14h. Vidas negras importam e Ditadura nunca mais são alguns dos cartazes levantados pelo grupo, que é contra o governo de Bolsonaro e a favor da democracia. O menino Miguel Otávio, que caiu de um prédio de luxo em Recife, e George Floyd, assassinado nos EUA, também foram lembrados pelos manifestantes.

No decorrer do protesto, as pessoas andaram do Largo da Batata em direção à Rua dos Pinheiros, onde houve registro de depredação a uma agência bancária do Bradesco. Fotos da Polícia Militar mostram o vidro estilhaçado no chão.

O tenente-coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, disse que a dispersão da passeata foi feita porque houve depredação. “Houve um acordo com os manifestantes de que não houvesse passeata, começasse e terminasse no mesmo lugar. Infelizmente esse acordo foi descumprido e com ações de vândalos destruindo agências bancárias.” Bombas de efeito moral foram usadas para dispersar as pessoas que ainda estavam presentes.

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Na Avenida Paulista, a Polícia Militar apreendeu dois adolescentes na altura do nº 2.051. Segundo os policiais, os meninos levavam garrafas de vidro vazias, um coquetel Molotov, uma garrafa PET com gasolina e uma garrafa com óleo de cozinha. A ocorrência foi registrada no 78º Distrito Policial.

À CNN, um porta-voz da Polícia Militar de São Paulo informou que a manifestação na Avenida Paulista, a favor de Bolsonaro, reuniu 100 pessoas, enquanto a contra o presidente, no Largo da Batata, conta com 3 000.

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Preparação

No dia 1º, o governador João Doria (PSDB) proibiu a realização de manifestações antagônicas no mesmo dia, horário e/ou local. A decisão foi tomada por conta da manifestação na Avenida Paulista no último domingo (31), onde grupos pró e contra Bolsonaro entraram em confronto com intervenção da Polícia Militar. No sábado (6), a Secretaria de Segurança Pública informou que as forças de segurança do Estado de São Paulo prepararam um esquema reforçado de policiamento para as duas manifestações deste domingo.

Panelaço

Quem manteve o isolamento social e não saiu às ruas se manifestou de outra forma. Moradores dos bairros Sumaré, Pinheiros, Alto de Pinheiros, Pompéia e Perdizes, na Zona Oeste, e Higienópolis e Santa Cecília, no Centro, bateram panelas na janela e gritaram palavras de ordem como “fora Bolsonaro” e “genocida, assassino”.

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