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OLÁ,

Maricélia Alves: Das vassouras às fraldas

Ela foi promovida de doméstica para babá. "É muito melhor", diz

Por Manuela Nogueira [Colaborou Carolina Giovanelli]
Atualizado em 5 dez 2016, 18h07 - Publicado em 6 Maio 2011, 18h00

Três anos atrás, Maricélia Alves, de 24 anos, ganhava 900 reais por mês para fazer a limpeza de um apartamento no Itaim. “Não gostava, era muito pesado.” Então uma amiga a indicou para uma vaga de babá e a jovem alagoana foi beneficiada por um movimento que se torna comum: na falta de mulheres especializadas em cuidar de crianças, famílias acabam promovendo uma empregada ao posto.

Maricélia, que já tinha um filho pequeno, nem precisou passar por treinamento. “Ser babá é muito melhor”, diz ela, que ganha 1.200 reais por mês para zelar por meninas gêmeas. Além disso, toma café da manhã, almoça e janta na casa do casal que a contratou, na Pompeia. “Minha vida melhorou.”

Com a mudança, ela passou a ter de lidar com uma situação comum em um mercado carente de profissionais qualificadas: ser assediada por outras patroas. “Aconteceu no Clube Paineiras. Estava brincando com as crianças e uma moça me perguntou se eu tinha interesse em trabalhar em outro lugar.” Conta ainda que algumas amigas que fazem faxina cobiçam um emprego em seu ramo atual. “Existe uma rixa grande entre nós porque a babá cuida do bem mais precioso de uma patroa, os seus filhos.”

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