Em 2011, o cantor carioca Diogo Nogueira, de 31 anos, foi chamado para participar da Feira Internacional de Havana, em Cuba. O convite o motivou a gravar o show realizado no Teatro Karl Marx, que contou com a participação do conjunto local Los Van Van. No mês passado, o registro da visita ao país saiu em CD e DVD e agora, à frente de catorze instrumentistas, o sambista lança esse trabalho no palco do HSBC Brasil. “Tudo aconteceu muito rápido, precisei escolher o repertório às pressas”, diz. Como já vinha interpretando pérolas da MPB em seus espetáculos, Diogo optou pelo caminho mais fácil. Entraram no roteiro “Tanta Saudade” (Chico Buarque e Djavan), “Ex-Amor” (Martinho da Vila) e “Madalena” (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro). Em homenagem aos cubanos, foi incluído o clássico “El Cuarto de Tula”, presente no documentário do cineasta alemão Wim Wenders sobre o conjunto Buena Vista Social Club.
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Com cinco anos de carreira e um repertório que fica entre o romântico e o tradicional — ele inclusive já escreveu um samba-enredo para a Portela —, o artista enfrenta um dificultador em sua trajetória. O fato de ser filho do bamba João Nogueira (1941-2000) sempre pesou um pouco na receita. Entre altos e baixos, ele busca autonomia. “A minha dedicação independe do meu rosto bonito ou de ser filho de quem sou”, justifica-se.