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OLÁ,

Dicas para poupar dinheiro ou sair do vermelho em 2015

Economista da FGV, Virene Matesco ensina como deixar as dívidas para trás

Por Marcus Oliveira
Atualizado em 5 dez 2016, 13h41 - Publicado em 19 dez 2014, 12h29
Balança com dinheiro, para a sessão _Balança_ da Revista Saúde
Balança com dinheiro, para a sessão _Balança_ da Revista Saúde (Alex Silva/)
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Com o fim do ano, surgem as promessas de que o novo período que bate à porta seja cheio de novidades e metas a serem alcançadas. Quando o assunto é a vida financeira, muita gente pretende começar a poupar dinheiro ou tem como objetivo sair do vermelho e mudar a situação da conta bancária.

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De acordo com a professora de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Virene Matesco, em ambos os casos é preciso mudar a forma como cada pessoa enxerga e vive o consumo: “Tem que pensar no amanhã. O planejamento se inicia com uma autoavaliação e uma pergunta simples: quais os meus objetivos para os próximos vinte anos?”.

Para ajudar os endividados e também aqueles que pretendem fazer um pé de meia em 2015, a professora dá algumas dicas:

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– Como começar a guardar dinheiro?

O planejamento se mostra fundamental. É preciso listar todos os gastos. Isso vale para o café depois do almoço até o passeio rápido do fim de semana e a cervejinha na sexta. Calcular tudo isso irá ajudar a ver para onde está indo seu dinheiro.  Em seguida, faça os cálculos das contas a pagar e quanto poupar sobre o valor líquido que cada um recebe. A partir daí, comece a guardar 5% do montante. Em seguida, faça uma meta e vá aumentando gradativamente o percentual. De 10% a 15% consiste em uma ótima média.

– Qual a melhor forma de aproveitar o 13º salário?

Utilize esse dinheiro para pagar qualquer possível dívida que tenha feito durante o ano ou que acumule juros. Com o restante do valor, tente guardar entre 5% e 10% do que restou para as contas que vencem no início do ano ou as despesas extras de fim de ano.

– Quais as primeiras contas que devem ser quitadas no começo do ano?

Busque quitar contas cujos descontos no pagamento à vista superem o percentual da inflação projetada para o ano que vem (6,5%). Isso pode acontecer com cobranças comuns de início de ano, como IPVA, IPTU ou seguro de carro. Nesses e em outros débitos, se for possível conseguir um valor de desconto na casa dos 8% é a melhor saída. Outro modo de economizar em despesas usuais aos primeiros meses consiste, por exemplo, em fazer uma boa pesquisa para comprar material escolar ou tentar adquirir os itens em conjunto com outros pais. Prefira parcelar caso o vendedor não te oferça um menor valor à vista.

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– O que deve fazer quem tem planos de casar em 2015?

Planeje desde o dia do pedido de casamento. Pense em uma festa com o mínimo de um ano de planejamento financeiro no azul. É preciso incluir os gastos no seu cálculo mensal. Aposte no parcelamento caso não haja juros ou desconto no pagamento à vista.

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– Quais são suas dicas para os interessados em comprar uma casa ou um carro?

Para quem vive de aluguel, é preciso tentar abrir mão dessa despesa e passar a investir em um imóvel próprio. Procure auxílio de um banco ou uma financeira para investir em um espaço próprio. O ideal é ter no mínimo 30% do valor total poupado para começar bem e financiar o restante. Os interessados em comprar um carro devem ter verba inicial para parcelar o restante em no máximo doze meses.

– O que fazer para sair do vermelho?

O primeiro e mais importante passo é saber quais são suas principais dívidas e quais possuem as maiores taxas de juros. Daí em diante, adote um verdadeiro “comportamento de guerra”: economizar o que for possível para pagar o quanto antes o que deve. Para isso, mude hábitos e não pratique o autoengano. O valor de uma parcela de empréstimo, por exemplo, não pode comprometer mais que 40% do seu salário líquido. Busque a negociação. No entanto, é comum que financeiras queiram dilatar prazos. Nesse caso, a dívida aumenta. Um empréstimo em um banco pode ajudar mais. Além disso, tente aumentar sua renda mensal de alguma forma. Uma hora extra no trabalho, por exemplo, dá uma força para ampliar a receita para sair do atoleiro.

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