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Sete saraus para festejar o Dia Nacional da Poesia

Encontros descontraídos chegam a reunir centenas de pessoas. Veja aonde levar seus poemas

Por Camila Taira
Atualizado em 5 dez 2016, 17h19 - Publicado em 13 mar 2012, 20h26

Março é o mês dos poemas. Por aqui, o gênero lírico é festejado em duas datas: nacionalmente, hoje (14), em razão do nascimento do escritor baiano Castro Alves, e na próxima quarta (21), mundialmente, em data promulgada pela UNESCO.

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Seja escrita, falada, cantada ou teatralizada, a poesia passa por um momento de democratização em São Paulo. “Costumo dizer que o gênero está mudando de mão. Está saindo da elite para se espalhar para uma população maior”, analisa Frederico Barbosa, diretor da Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, um dos endereços da cidade em que é possível participar de saraus e oficinas de criação literária.

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De acordo com Barbosa, existem mais de 60 saraus paulistanos. A prática não é nova. Já no final do século 19, representantes da elite de São Paulo se reuniam em casarões para declamar seus versos.

“A poesia é algo muito significativo da cultura paulistana”, considera Ricardo Karman, diretor de teatro e poeta amador, que organiza o “Noites na Taverna”, no Teatro do Centro da Terra. Toda última quarta-feira do mês, Karman veste uma casaca de capitão e entra em cena com uma bengala para comandar o sarau que, além de poesia, tem música ao vivo e vinho. O espaço, que aproveita o cenário da peça infantil O Ilha do Tesouro, tem capacidade para 40 pessoas.

Alguns saraus chegam a atrair cerca de 200 pessoas, como é o caso do promovido pela Cooperifa, no Bar do Zé Batidão, na Zona Sul. Wilson Jasa, presidente do Sarau da Casa do Poeta “Lampião de Gás”, diz acreditar que o sucesso se deve ao “espírito poético” das pessoas. “Isso não morre.”

Veja onde rimar amor com dor em sete saraus bem frequentados:

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■ Noites na Taverna – Sarau do Centro da Terra

Tem clima intimista, com luz baixa, que lembra um bar das antigas. Toda vez que alguém sente o impulso de declamar, toca um sino. No encerramento, um dos participantes lê um poema improvisado com trechos de tudo o que rolou do encontro, apelidado de “sarata” (a ata do sarau).


■ Saraokê

Em vez de cantar, o participante recita um poema ao som de uma música tocada ao vivo. Improvisações são sempre bem-vindas.

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■ Cabaret Revoltaire

Trata-se de um sarau dentro de uma balada cultural, que reúne pintura, teatro e outras manifestações culturais. O projeto, criado pelos poetas Isadora Krieger e Daniel Inchoni, em junho de 2011, animava as noites do Beat Club. Desde fevereiro deste ano, o encontro ocorre mensalmente no Zé Presidente, atraindo artistas, escritores, músicos e performers. Os aspirantes a poetas depositam seus nomes em uma cartola de mágico, e assim é sorteada a ordem de quem vai assumir o microfone.


■ Sarau da Casa do Poeta “Lampião de Gás”

Criado em 1948, é o mais antigo da cidade. Ocorre quinzenalmente na Liberdade, às terças.

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■ Sarau do Binho

Desde maio de 2004, o bar do Binho cede seu espaço para quem quiser recitar poesias. O evento pode durar até meia-noite e meia e reúne cerca de cem pessoas.


■ Sarau da Cooperifa

Criado em 2001, pelo agitador cultural e poeta Sérgio Vaz, é uma das grandes atrações do Bar do Zé Batidão. Após a música esquentar o clima, começa a série de poesias. O evento chega a reunir mais de 200 pessoas.

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■ Varal de Poesias

Assim como o nome sugere, em um varal são pendurados todos os poemas. Com música ao vivo, o sarau ocorre todo o último domingo do mês, das 10h às 16h, no Parque Piqueri.

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