“Obrigado, meu Deus”, gritava Genildo dos Santos (de camiseta azul), de 26 anos, posicionando o rosto para a luz do sol. Ele e João Paulo de Jesus Moura, 43, passaram dez dias entre a cela da Polícia Federal e o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros. Tinham vindo de Vitória da Conquista, na Bahia, para trabalhar como pedreiros em Itu. Estavam extraindo pedra para paralelepípedo do solo (segundo eles, por ordem do dono da propriedade) quando aconteceu a batida da PF. “Não sabíamos que não havia autorização ambiental”, afirma João Paulo. Algumas semanas após o habeas corpus, a Justiça autorizou que voltassem ao Nordeste enquanto aguardam o julgamento, ainda não marcado. Genildo era o mais aflito, por medo da mulher. “Ela não vai acreditar quando eu explicar porque fiquei sumido esse tempo todo.”
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