Um dos maiores sucessos da história do cinema francês, a comédia dramática “Intocáveis” fez um público de mais de 20 milhões de espectadores e arrecadou trinta vezes mais que o custo da produção, avaliado em 9,5 milhões de euros. Mas, números extraordinários de bilheteria à parte, o longa-metragem dirigido por Olivier Nakache e Eric Toledano também se tornou um fenômeno pop graças a méritos não tão incomuns: ótimas atuações e um enredo comovente sobre amizade.
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Essas e outras qualidades foram reconhecidas no César, cerimônia anual da Academia de Arte e Técnica Cinematográfica. Na festa, o longa-metragem recebeu nove indicações, mas o único troféu ficou o ator Omar Sy, o primeiro negro a ganhar o prêmio. Na tela, ele vive Driss, o homem pobre e malando que usa métodos pouco convencionais para cuidar do ricaço tetraplégico Philippe (François Cluzet). Nasce daí uma relação improvável de camaradagem e confiança.
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As comparações entre o César e o Oscar não são de todo exageradas. Tal como o evento hollywoodiano, o seu equivalente francês também é administrado por uma academia formada por um grupo de representantes de várias áreas da indústria cinematográfica. No total, são 4.065 membros. Diretores, atores, produtores e técnicos votam nos melhores do ano, que são revelados em um espetáculo televisivo nos moldes norte-americanos.
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Entre os indicados ao César de melhor filme em 2012, quase todos foram lançados no Brasil. Além de “Intocáveis”, estrearam “O Artista” (o grande vencedor, com seis prêmios), “O Porto”, “A Guerra Está Declarada”, “O Exercício do Poder”. O drama “Políssia” foi exibido recentemente no Festival Varilux e “Pater”, na Mostra de São Paulo de 2011.
Clique na galeria de fotos e conheça dez atores que receberam recentemente o troféu, criado em 1976, em homenagem ao escultor César Baldaccini (1921-1998). O recordista de indicações nessa categoria é Gérard Depardieu, com 16 chances de vitória e dois prêmios.
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