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Seis destinos perto de São Paulo para começar 2018 na estrada

Há de ilha inexplorada a produtora de queijos exclusivos, todos a até 450 quilômetros da capital

Por Mariana Rosario Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 nov 2017, 06h00 - Publicado em 24 nov 2017, 06h00
A praia com ondas artificiais (Divulgação/Veja SP)
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Um mundo de água quente

Olímpia, a 440 quilômetros da capital, recebeu neste ano 2 milhões de visitantes ávidos por mergulhar em suas águas termais. Para 2018, esse número deve aumentar ainda mais graças a duas novas atrações. Uma delas é o parque aquático Hot Beach (☎ 17 3280-2301, www.hotbeach.com.br; 90 a 110 reais), aberto em junho com quinze atrações, entre as quais belas praias artificiais.

Thermas dos Laranjais
O tobogã (Divulgação/Veja SP)

A outra é a nova montanha-russa aquática do Thermas dos Laranjais (☎ 17 3279-3500, www.termas.com.br; 80 a 120 reais), a primeira do país, inaugurada no mês passado. O investimento nas duas novidades passa dos l00 milhões de reais. Para pernoitar, há o resort do Hot Beach, o Celebration (www.hotbeach.com.br/resorts/celebration), com pacotes de sexta a domingo, desde 1 710 reais para o casal.

Expedição à ilha inexplorada

Nesta temporada, quem for a alguma praia de São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo (a 190 quilômetros da capital), poderá esticar o passeio até o Arquipélago de Alcatrazes, a 40 quilômetros da costa. O conjunto de ilhas, que era restrito a pesquisadores e oficiais da Marinha, será aberto aos turistas entre janeiro e fevereiro do ano que vem. A portaria que autoriza a visitação foi assinada pelo governo federal em setembro.

Arquipélago de Alcatrazes
Arquipélago de Alcatrazes: conjunto de ilhas será aberto a turistas entre janeiro e fevereiro (Cristian Dimitrus)

Com cerca de 67 000 hectares de extensão, o local é lar de 12 000 aves e guarda uma das maiores áreas de preservação marinha do país. “Será possível ver golfinhos, baleias e aves migratórias”, explica Kelen Leite, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O lugar terá dez pontos de mergulho com equipamentos, e os barcos sairão de São Sebastião, Ilhabela e Bertioga, mas ainda não há preços nem horários definidos.

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Arquipélago de Alcatraze
O Arquipélago de Alcatrazes, com rica fauna marítima: liberado para visitas (Divulgação/Veja SP)

Para fazer o tour, uma boa pedida é ficar hospedado em Barequeçaba, praia família com água calma e boa faixa de areia, a 6 quilômetros do centro de São Sebastião. O Vistabela Resort (☎ 12 3862-6703, www.vistabela.com.br; diárias desde 900 reais para o casal), de frente para o mar, é um dos melhores hotéis da região.

Gostinho do interior

Capril do bosque
Sítio Capril do Bosque: único queijo de cabra com mofo azul feito no país (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Conhecida por suas cachoeiras e trilhas ecológicas, Joanópolis, a 110 quilômetros da capital, também vem chamando atenção pela gastronomia. Fica lá o sítio Capril do Bosque (☎ 99609-0773, www.caprildobosque.com.br), que produz o Azul do Bosque, único queijo de cabra com mofo azul feito no país — trata-se de um primo distante do famoso roquefort —, presente no menu de restaurantes paulistanos, entre eles o italiano Piselli.

Na propriedade rural, é possível provar o item em um menu degustação para duas pessoas (80 reais, com dez tipos) ou levar para casa. “No tour, mostramos o processo de produção do leite”, explica a proprietária, Heloisa Collins. No local também funciona um concorrido restaurante durante o almoço.

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CAPRIL DO BOSQUE
Tábua de queijos do Capril: a degustação faz parte do passeio (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Uma vez na cidade, vale conhecer a Cachoeira dos Pretos (Estrada dos Pretos, km 18), com 154 metros de altura. Para pernoitar, há o hotel-fazenda Resort Monte das Oliveiras (☎ 2095-6364, www.resortmontedasoliveiras.com.br; 690 reais para o casal), com pensão completa.

A vizinha de Brotas

Com pouco mais de 15 000 habitantes e repleta de atrações como trilhas, cachoeiras e prainha de água doce à beira da represa, Itirapina, a 210 quilômetros da capital, tem se destacado como um destino mais tranquilo e barato que a vizinha Brotas, a 33 quilômetros. Os hotéis chegam a custar 50% menos, a exemplo da pousada Paraíso das Águas (☎ 19 3575-1257, www.paraisodasaguaspousada.com.br; diárias desde 160 reais para o casal).

itirapina cachoeira
Uma das cachoeiras de Itirapina: destino mais barato (Diego Gazola/Opção Brasil Imagens/Veja SP)

Fazer as refeições ali também é mais barato. No restaurante Ubar (Rua dos Eucaliptos, 160, ☎ 19 3575-1869), o barreado (cozido de carne servido com banana e farinha de mandioca) sai a 40 reais por pessoa. O hotel mais completo da região é o Broa Golf Resort (☎ 19 3575-1136, www.broagolfresort.com.br; diárias de 750 reais para o casal), que já inclui atividades como escalada, arco e flecha e passeio de trenzinho.

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Passeio bucólico 

A 170 quilômetros da capital, São Bento do Sapucaí é a bola da vez entre os jovens moderninhos, que a descobriram graças ao seu famoso Carnaval de rua, que tem levado uma multidão de paulistanos para lá nos últimos anos. A cantora drag queen Pabllo Vittar gravou seu novo clipe, Corpo Sensual, nas ruas da cidade no mês passado.

Pico da Pedra do Baú
A Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí: escaladas com guias (Eduardo Alberello/Veja SP)

Fora do período de folia, o lugar é calmo e bucólico. Suas grandes atrações são a escalada e a trilha (que levam quase duas horas) até a Pedra do Baú, a 1 950 metros de altitude. Guias especializados, como os da Baú Ecoturismo (☎ 12 99737-5968, www.bauecoturismo.com.br), cobram 100 reais por pessoa para levar os visitantes até o topo.

Depois do passeio, vale comer no Restaurante Pedra do Baú (☎ 12 99703-9512, www.restaurantepedradobau.com.br), no início da trilha, com pratos caseiros preparados no fogão a lenha. Para se hospedar, uma boa opção é a Pousada do Quilombo Resort (☎ 12 3971-2686, www.pousadadoquilombo.com.br; diárias desde 660 reais para o casal).

A romaria da estrada real 

Inspirado no famoso trajeto religioso de Santiago de Compostela, na Espanha, o Caminho Religioso da Estrada Real foi inaugurado em outubro, com a proposta de ser a maior rota de peregrinação de fiéis no país. São mais de 1 000 quilômetros que cortam 38 cidades do interior mineiro e paulista, entre elas Guaratinguetá, lar de frei Galvão, o primeiro santo brasileiro.

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Turistas caminhando na Estrada Real
Trecho do trajeto: 37 dias de peregrinação (João Prudente/Pulsar Imagens/Veja SP)

O ponto de partida é o Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG), e a chegada, o Santuário Nacional de Aparecida (SP), a 180 quilômetros da capital. Trata-se de uma estrada histórica: parte dela foi utilizada pelos bandeirantes para ir até o estado mineiro. Hoje, ela só é acessível a pé, de bicicleta, a cavalo ou a bordo de carros 4×4.

Quem topar fazer o trajeto a pé precisará encarar 37 dias de caminhada, hospedando-se em hotéis, pousadas e casas de família credenciadas pela agência Sacrum (☎ 31 3564-4833, www.sacrumbrasilidades.com), que organiza os passeios (pagam-se em média 150 reais pelo pernoite). Desde a inauguração da rota, cerca de oitenta romeiros já enfrentaram a caminhada.

 

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