O descarrilamento de um trem próximo à Estação Corinthians-Itaquera do Metrô provocou transtornos no embarque na tarde desta terça (7). O ocorrido se deu por volta das 15 horas e, segundo informações da empresa, não houve feridos. A companhia ainda investiga as causas do acidente.
Os passageiros foram retirados dos trilhos e levados à estação mais próxima pela equipe de segurança. Por conta do bloqueio, as paradas Itaquera e Artur Alvim foram fechadas. Os carros da Linha 3-Vermelha viajam apenas o trecho entre Patriarca e Barra Funda. Ainda não há previsão de quando voltarão a funcionar.
Para atender os passageiros, o Metrô acionou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese). A integração com a CPTM nas estações Tatuapé e Corinthians-Itaquera segue operando.
“Situação anunciada”
O trem que descarrilou é parte da frota K. Em 2013, outro trem pertencente à mesma frota descarrilou próximo à estação Palmeiras-Barra Funda, por conta de um problema de superaquecimento.
O conjunto passou por uma reforma em 2011, o amplamente criticada pelo Sindicato dos Metroviários de São Paulo. “É uma situação anunciada. Desde a reforma dessa frota já denunciamos várias falhas graves e recorrentes ao Ministério Público. Falta de peças, falta de investimento nesses trens”, afirma o coordenador Alex Alcazar Fernandes. Segundo ele, um passageiro ouviu um barulho estranho e alertou o operador na Estação Artur Alvim. O trem teria sido recolhido para manutenção, mas houve o descarrilamento no meio do caminho.
Em nota, o Metrô afirmou que “os 25 trens da frota K passam regularmente pelos mesmos processos de manutenção de todas as composições. Quando feitas comparações, os trens da frota K apresentam desempenho operacional e de segurança semelhante às demais frotas em operação, novas ou modernizadas”. O texto informa ainda que a causa do incidente “só poderá ser determinada após detalhada investigação da Comissão Permanente de Segurança (Copese), formada por especialistas. Qualquer conclusão antes da perícia, além de precipitada, seria irresponsável”.